O resultado do primeiro turno, no dia 22 de outubro, eliminou qualquer opção de mudança moderada
Por Misto Brasil – DF
Neste domingo (12) haverá um debate entre os dois candidatos à presidência da Argentina. Para os analistas, quem for melhor leva vantagem na disptadíssima eleição do segundo turno, marcada para o próximo domingo (19).
Javier Milei e Sergio Massa disputam palmo a palmo o voto do eleitor argentino.
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O encontro entre os dois candidatos acontece a partir das 21 horas, na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, na Cidade Autônoma de Buenos Aires (Caba).
Em seu terceiro debate presidencial em menos de dois meses, Massa tentará mostrar, com estudada calma “à prova de críticas”, e nos seis temas programados para debate, sua “capacidade de governar”, e se diferenciar das “contradições”, anotou Jaime Rosenberg, do jornal La Nacion.
Milei, como de costume, vai atacar. Para o La Nacion, o candidato ultradireitista se concentra para um debate que testará seu caráter.
Eleitor ficou sem opção moderada
O resultado do primeiro turno na Argenitna (realizado no dia 22 de outubro) teve dois efeitos imediatos: o primeiro, eliminou qualquer opção de mudança moderada ou “caminho do meio”, escreve Sergio Criveli, do jornal La Prensa.
Ele estabeleceu uma clivagem entre aqueles que estão fartos do Kirchnerismo versus aqueles que têm medo da possibilidade de Javier Milei destruir o modelo planeros, a burocracia estatal sobrelotada, o capitalismo de compadrio etc.
O repórter observa que um voto em branco ou uma abstenção significa apoio indireto ao peronismo. A polarização é inevitável porque obedece à lógica do sistema.
O segundo efeito foi o fortalecimento da candidatura de Sergio Massa e o crescente otimismo peronista, fenômeno que nos últimos dias deu sinais de diminuir.
As medições do Instituto Patria começaram a detectar um aumento na transferência de votos de Patricia Bullrich e Juan Schiaretti para o libertário. No caso do candidato JxC, a transferência de votos teria aumentado de 20 para 60%.
As pesquisas divulgadas na semana passada refletem essa situação.
Uma tabela comparativa mostra que de 18 medições, seis deram para Massa, enquanto 12 deram para Milei. No grupo está um consultor “K” que fez duas medições e ambas deram vantagem ao candidato peronista.
