O economista Paulo Rabello de Castro afirmou que a isenção da cesta básica completa geraria uma economia de R$ 26,3 bilhões por ano
Por Misto Brasil – DF
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou nesta semana que defende a isenção tributária para uma cesta básica. Seria formada por 25 alimentos considerados essenciais e que custam, em média, R$ 298 ao mês.
De acordo com um estudo da entidade, as vantagens da desoneração sobre o modelo de cashback. A atual proposta de reforma tributária prevê cashback apenas na chamada cesta básica estendida, com tributação reduzida de 60% do IVA.
O levantamento mostra que 12,5% do orçamento das famílias de renda muito baixa (um gasto de R$ 40,8 bilhões por ano), 8% de renda baixa (gasto de R$ 38,7 bilhões), 5,8% de média baixa (gasto de R$ 76,5 bi) e apenas 1,2% (equivalente a R$ 11,9 bi por ano) no orçamento dos muito ricos.
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O economista Paulo Rabello de Castro afirmou que a isenção da cesta básica completa geraria uma economia de R$ 26,3 bilhões por ano.
As duas classes de rendas baixas ficariam com 32% (R$ 8,4 bi) e as três faixas de classe média acumulariam outros 57% (R$ 14,8 bi), enquanto as duas faixas de classe alta ficariam com apenas 11% (R$ 2,9 bi).
“Queremos uma discussão sobre carga tributária neutra na cesta básica ou queremos ir além e fazer uma transferência muito mais robusta que, de fato, possa contribuir para a redução da fome neste país? Que país nós queremos? Essa é a discussão que vamos ter lá na frente, no debate sobre a lei complementar”, comentou o presidente da associação, João Galassi.