Faustão foi morto de madrugada pela Polícia e agora os bandidos atacaram o transporte público como represália
Pelo menos 27 ônibus foram queimados hoje (23) à tarde na cidade do Rio de Janeiro. O ataque foi uma represália dos bandidos pela morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, chamado de Faustão ou Teteus na madrugada desta segunda-feira. Última atualização às 17h24
A morte ocorreu após um confronto com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. As empresas de ônibus estão recolhendo os ônibus de várias linhas como medida de segurança.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, parabenizou há pouco os policiais que mataram o miliciano.
“Quero parabenizar os nossos policiais da DGPE, da Core e da Draco, por prenderem hoje, em Santa Cruz, o Faustão ou Teteu – que era o braço direito e sobrinho do miliciano Zinho. Não vamos parar! Nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários”.
De acordo com o site do jornal Extra, os moradores relatam que, durante a incursão, na região de Três Pontes, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, teve intenso tiroteio. A polícia fluminense informou há pouco que dez pessoas já foram presas pelos atentados aos ônibus.
Balanço do RioÔnibus contabiliza 24 coletivos queimados, 12 deles do município, sendo quatro BRTs. Ete relatório foi divulgado pouco depois das 16 horas. Neste momento, o número se alterou para mais. São 27 ônibus queimados na Zona Oeste. As aulas foram suspensas nas áreas afetadas como segurança.
De acordo com a mídia, Faustão é sobrinho de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, criminoso que assumiu o controle da maior milícia do estado do Rio, que atua na Zona Oeste. O comando da organização foi herdado após morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko.
Considerado pela polícia como o segundo homem na atual hierarquia da maior milícia do Rio, Faustão é apontado em investigações como o principal homem de guerra de Zinho na disputa de território com bandos rivais. Ele seria encarregado de chefiar rondas feitas pela milícia do tio na Zona Oeste.
