A queixa de Aluísio Mendes é por conta de uma liminar concedida pelo ministro André Mendonça contra a CPMI de 8 de janeiro
Por Misto Brasília – DF
O deputado Aluísio Mendes (Republicanos-MA) criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça. O ministro decidiu que o ex-coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República Osmar Crivelatti, não compareça na CPMI de 8 de janeiro. A audiência que aconteceria hoje (19), foi cancelada.
O parlamentar disse que o STF não pode interferir na autonomia do Congresso Nacional. Mendes disse que é preciso que o Congresso reaja, já que o Supremo avança sobre as prerrogativas do Legislativo.
“É mais um fato grave, quando o Supremo Tribunal concede uma liminar impedindo que um cidadão convocado a comparecer à CPMI. É urgente que o Congresso Nacional tome uma posição dura quanto a isso. A CPMI é um instrumento do Congresso Nacional, está garantido na Constituição”. Assista o vídeo logo abaixo.
De acordo com a decisão de Mendonça, o segundo-tenente do Exército está sob diligências investigatórias, pois foram aprovados o afastamento de sigilos telemático, bancário, telefônico e fiscal.
O militar, que ainda integra a atual equipe de assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro, também foi submetido a medidas de busca e apreensão autorizadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), considerou “lamentável” a decisão, já que afirma ser importante ouvir o militar para buscar esclarecer os fatos preparatórios dos atos do dia 8 de janeiro.