Cúpula G77 Cuba Misto Brasília

Países do G77 reforço da rede de segurança financeira global

Cúpula reúne mais de 100 representantes nacionais em Cuba para discutir uma ordem mundial mais justa

Por Misto Brasília – DF

Reunidos desde sexta-feira (15) em Havana para a Cúpula do G77 + China, chefes de Estados e representantes de mais de 100 países do Sul Global pedem uma ordem mundial mais “justa” para os Estados em desenvolvimento.

O G77 + China precede a Assembleia-Geral das Nações Unidas, que ocorre na próxima semana em Nova York.

“Depois de todo este tempo em que o Norte organizou o mundo de acordo com os seus interesses, cabe agora ao Sul mudar as regras do jogo”, destacou na sexta-feira o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, que atualmente preside a organização.

O líder cubano disse que os países em desenvolvimento são as principais vítimas de uma “crise multidimensional” no mundo de hoje, que vai desde o “comércio abusivo e desigual” ao aquecimento global.

O G77 foi criado em 1964 para promover os interesses econômicos coletivos do Sul Global. Desde então, o bloco se expandiu e agora conta com 134 membros. A China não faz parte do grupo, mas participa desde 1992.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também disse que estes países estão “presos num emaranhado de crises globais”, destacando as alterações climáticas e a dívida externa.

“O mundo está falhando com as nações em desenvolvimento“, afirmou Guterres em Havana.

Na cúpula, os países em desenvolvimento pedem o reforço da rede de segurança financeira global e um acesso maior e mais equitativo ao financiamento internacional em tempos de crise, além de mudanças no Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, que permitam o reforço da sua participação nessas instâncias, de acordo com a Agência DW..