O nome foi confirmado hoje à tarde pelo governador Ibaneis Rocha. O militar é o atual subcomandante da corporação
Por Daniella Almeida – DF
O governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB) confirmou a indicação do coronel Adão Teixeira de Macedo como o noco comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ele assume o lugar do coronel Klepter Rosa Gonçalves, que foi preso nesta manhã pela Polícia Federal na Operação Incúria.
O coronel Adão Teixeira de Macedo já era o subcomandante-geral da corporação. Numa agenda pública, o governador afirmou que “agora, assume o subcomandante Adão [Teixeira de Macedo], que também foi nomeado anteriormente. A gente espera que as coisas transcorram na maior tranquilidade possível, junto à Polícia Militar do Distrito Federal, que é uma polícia bastante qualificada”, .
Sobre as investigações, o governador do DF disse que é preciso aguardar o resultado dos trabalhos. “Todos têm direito à ampla defesa, ao contraditório, vamos esperar aí o que vai acontecer”.
O governador ainda avaliou a atuação do ministro do Supremo tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou as prisões preventivas de agentes militares e da cúpula da PMDF, após solicitação da PGR.
“O ministro Alexandre Moraes vem conduzindo esse inquérito com muito cuidado, com muito carinho, com muita responsabilidade. E a gente tem mais a confiar no Poder Judiciário brasileiro”.
De acordo com a nota divulgada pela PGR, a denúncia com 196 páginas relaciona diversas provas de que os militares denunciados e presos nesta sexta-feira tinham informações para monitorar a proporção e que houve, na realidade, a omissão dolosa por parte dos denunciados.
“Eles próprios compartilhavam entre si mensagens de teor golpista pelo menos desde as eleições, com questionamentos quanto à lisura do processo eleitoral e outros temas. São várias as mensagens anexadas à denúncia”, descreve a nota da PGR.
O coordenador do Grupo Estratégico dos Atos Antidemocráticos da PGR, o subprocurador Geral da República, Carlos Frederico Santos, embasou a denúncia.
“A ‘falha’ operacional não decorreu de deficiências dos serviços de inteligência da PMDF. O que ocorreu, em verdade, foi omissão dolosa por parte dos denunciados que, com unidade de desígnios, aceitaram os resultados visados pela turba antidemocrática e aderiram ao intento criminoso dos insurgentes.”