Navio de guerra Belém Cúpula da Amazônia

Mensagens de ribeirinhos antecede a reunião de Cúpula da Amazônia

Encontro preliminar com as comunidades amazônicas deu o tom para a reunião dos chefes de Estados em Belém

Por Misto Brasília – DF

Foi necessária a ajuda de várias pessoas para que Maria Francineide Ferreira conseguisse viajar de Altamira a Belém, no Pará, para trazer a mensagem dos ribeirinhos atingidos pela usina Belo Monte. 

No auditório principal dos Diálogos Amazônicos, que antecedeu a chegada de chefes de Estado para a Cúpula da Amazônia , na terça-feira (08), Ferreira resumiu em três minutos os efeitos que vivem desde o barramento do rio Xingu, em 2015.

“Não tem mais peixes, por isso falta renda e comida. Os pescadores foram expulsos do rio, jogaram em assentamentos de concreto. Muitos não têm condição de pagar energia, estão doentes, não têm acesso a água potável e ainda estão sendo ameaçados por ‘ falarem demais'”, disse Ferreira à DW.

Ela vibrava após ter sido pronunciada ao microfone diante da ministra de Meio Ambiente, Marina Silva . Aquele espaço também havia sido disputado: lideranças populares de toda a Amazônia aguardavam numa lista e torciam para serem chamadas ao palco, depois de enfrentarem dias de viagem e dificuldades na espera de serem ouvidas.

“Ela ficou muito impactada”, comenta Ferreira sobre a reação da ministra após sua intervenção

“Mas o governo do PT tem essa grande dívida com o povo do Xingu. Belo Monte foi o maior erro. A gente sabe que, se não fosse o PT, seria Bolsonaro, porque a pressão era grande”, pontua à DW, citando a administração de Dilma Rousseff.

No Porto de Belém, estão afundeados o navio-aeródromo ‘Atlântico e fragata Defensora compõem aparato de segurança para evento q reunirá presidentes na capital paraense.Marinha também abre embarcações para visitação pública.