Tragédias constantes na malha ferroviária da Índia

Índia colisão de trens Misto Brasília
O choque de trens provocou a morte de 280 pessoas na Índia/Reprodução Twitter

Com quase 68 mil quilômetros, a malha ferroviária da Índia é uma das maiores e mais antigas do mundo

Por Misto Brasília – DF

Acidentes de trem, mortes, feridos e tragédias. A Indian Railways (IR), que se autodenomina “a tábua de salvação da nação”, luta com uma rede ferroviária em ruínas e sistemas de trilhos defasados.

Com quase 68 mil quilômetros, a malha ferroviária da Índia é uma das maiores do mundo, segundo a Agência DW.



O sistema ferroviário da Índia está entre os mais antigos do mundo. Foi construído há mais de 160 anos sob o domínio colonial britânico. Cerca de 11 mil trens circulam diariamente nos 68 mil quilômetros da rede ferroviária, cuja expansão e modernização foram negligenciadas por décadas.

Na sexta-feira (02), houve um grande acidente com a morte de 280 pessoas e 800 feridos devido a uma colisão de trens no leste da Índia.



A mídia publicou que acidente aconteceu por volta das 19h20 (horário local), próximo à estação ferroviária de Bahanaga, no estado de Odisha, onde as equipes de resgate ainda trabalham para socorrer pessoas feridas.

Nos últimos 30 anos, nove dos 37 maiores acidentes ferroviários do mundo ocorreram na Índia. Um dos piores acidentes aconteceu em 6 de junho de 1981 em Bihar, na Índia, quando um trem descarrilou na travessia de uma ponte e caiu no rio Bagmati. Mais de 750 pessoas perderam a vida.



O governo de Nova Delhi lançou um grande programa de reestruturação da malha ferroviária nos últimos anos. Em fevereiro de 2022, a ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, anunciou que o país investiria mais de 32 bilhões de dólares em infraestrutura ferroviária.

Maior empregador do país “A Indian Railways (IR) é a espinha dorsal da economia indiana“, segundo um fórum para investidores em títulos ferroviários indianos realizado em 22 de maio passado. Com 1,4 milhão de funcionários, a IR é o maior empregador do país.

“Com o tamanho e a privatização gradual dos serviços na indústria ferroviária, a demanda por ações e títulos aumentará”, informou a DW.