Marina Silva diz que nova estrutura esvazia estrutura do Meio Ambiente

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Ministra Marina Silva comanda a pasta do Meio Ambiente/Arquivo/Agência Câmara

Ela também acrescentou que a credibilidade de Lula não será suficiente para garantir a boa imagem ambiental do país no exterior

Por Misto Brasília – DF

A ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, criticou a nova estrutura dos ministérios proposta pelo Congresso e diz que a ação vai “fechar portas” ao governo Lula.

A nova estrutura esvaziaria a pasta o ministério, uma vez que o Cadastro Ambiental Rural (CAR), por exemplo, foi transferido para o Ministério da Gestão, enquanto a Agência Nacional das Águas (ANA) passa a ser vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, de acordo com o jornal O Globo.



Ao discursar na comissão do Meio Ambiente da Câmara nesta quarta-feira (24), Marina disse que “será um erro estratégico tirar do Meio Ambiente, do Serviço Florestal, e levar o Cadastro Ambiental Rural para o Ministério da Agricultura, em prejuízo a tudo o que estamos conseguindo nesses quatro meses de governo”.

Ela também acrescentou que a credibilidade de Lula não será suficiente para garantir a boa imagem ambiental do país no exterior.

“Vão questionar: ‘Mas a sua lei não permite, as estruturas foram mudadas. A estrutura do seu governo não é essa que você ganhou as eleições, é a estrutura do governo que perdeu’ e isso vai fechar todas as nossas portas”, afirmou.



Ontem (23), Marina acusou o Congresso brasileiro de querer “implementar o governo Bolsonaro no governo Lula”, segundo a Folha de São Paulo.

Para a ministra, as alterações podem também levar a problemas relacionados aos recentes acordos com a China, focados em parcerias nas áreas ambiental e do agronegócio. Marina ainda afirmou que as alterações, se consolidadas, vão contra o trabalho dela e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que vem tentando “reposicionar o Brasil junto a investidores”.

Na manhã dessa quarta-feira (24), a Petrobras divulgou comunicado ao mercado em que informa que vai protocolar, ainda nesta semana, pedido ao Ibama para reconsiderar a negativa de licença ambiental para perfurar um poço na Bacia da Foz do Amazonas, em águas profundas do Amapá.