Eventual soltura do coronel poderia representar riscos às investigações, segundo a Procuradoria-Geral da República
Por Misto Brasília – DF
A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se pela manutenção da prisão preventiva do coronel Jorge Eduardo Naime Barreto. Ele chefiou o Departamento de Operações (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Jorge Naime é investigado no inquérito que apura possíveis omissões de autoridades pelos atos do dia 8 de janeiro, em Brasília.
O coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos disse que a eventual soltura do coronel poderia representar riscos às investigações. Carlos Frederico Santos observou que esse entendimento pode ser alterado dependendo do avanço da apuração.
No documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (17), o coordenador também pediu que a Polícia Federal seja oficiada para que finalize o relatório conclusivo das investigações no prazo de 30 dias, segundo informou a assessoria do Ministério Público Federal.
A manifestação foi em resposta a novo pedido de revogação da prisão cautelar apresentado pela defesa do investigado que alegou, entre outros pontos, o excesso de prazo da detenção.
A avaliação do subprocurador-geral da República é de que “não houve nenhuma modificação da situação de fato ou de direito desde a determinação da prisão”. Dessa forma, subsistindo os motivos que justificaram a decretação da medida, o autor do pedido deve permanecer detido.
