Coronel confirmou que não havia prontidão da PM no dia 8 de janeiro

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Coronel Fábio Augusto Vieira durante depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos/Arquivo/Reprodução vídeo
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Ex-comandante da corporação disse que apenas havia um sobreaviso, com os policiais em casa, fora de suas unidades

Por Misto Brasília – DF

O ex-comandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, confirmou que o Departamento de Operações dispensou a necessidade de prontidão das tropas no dia 8 de janeiro.

A declaração foi dada há pouco na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa.



A decisão provocou um atraso no deslocamento dos policiais para a Esplanada dos Ministérios. Isso permitiu rápido avanço dos vândalos nos prédios dos três Poderes. Houve também falta de equipamento de proteção dos policiais que ficaram nas primeiras barreiras, que foram vencidas pelos manifestantes sem dificuldades.

O Misto Brasília transmite ao vivo a oitiva – confira na homepage do site

Segundo ainda o coronel, não havia escala de serviço e por isso os agentes de segurança estavam em casa, porque estavam apenas de sobreaviso. A situação de sobreaviso foi determinada pelo então subcomandante, coronel Kleper Rosda Gonçalves, que deverá ser convocado pela CPI.



O efetivo que estava de sobreaviso chegou quando já tinham acontecido as invasões e foram essenciais na retirada dos vândalos, especialmente do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.

Fábio Augusto Vieira, que chegou a ser preso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ratificou outras declarações na CPI que o Comando Militar do Planalto não permitiu a Polícia Militar desmobilizar o acampamento bolsonarista no QG do Exército. Na época, o comando era exercido pelo general Dutra.

Sobre a sua prisão, o militar garantiu que colaborou com a Polícia Federal. “Colaborei desde o início. Desbloquiei meu celular. Não houve dificuldades”. Questionado pelo relator, deputado João Hermeto (MDB) sobre a prisão, ele disse que “eu tenho que confiar na instituição”.


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