Empresário diz na CPI dos Atos Antidemocráticos que “não fez nada de errado”

CPI Atos Antidemocrático empresário Adauto Lúcio de Mesquita Misto Brasília
Empresário Adauto Lúcio sendo ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos/Arquivo/Reprodução vídeo
Compartilhe:

Foi o que disse Adauto Lúcio de Mesquita ao ser questionado na manhã desta quinta-feira na Câmara Legislativa

Por Misto Brasília – DF

O empresário Adauto Lúcio de Mesquita afirmou há pouco que não financiou o movimento bolsonarista que realizou manifestações contra a democracia e invadir as sedes dos três Poderes no dia 8 de janeiro.

A declaração foi dada logo no início da audiência na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa. O empresário compareceu na oitiva na condição de investigado.

O Misto Brasília transmite ao vivo o depoimento na CLDF – veja na homepage do site



Os inquéritos da Polícia Federal indicam que Adauto e seu sócio, Joveci Xavier de Andrade, são financiadores do acampamento no QG do Exército. Assim como Joveci, Adauto confirmou que os soldados organizaram e policiavam o acampamento.

Adauto buscou por duas vezes a justiça para não depor na CPI, mas hoje (04) afirmou que veio “na boa vontade”. Disse que “não fez nada de errado” e confirmou que doou R$ 10 mil para a campanha eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro.



Numa resposta ao presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT), o empresário afirmou que até uma máquina Patrol do Exército preparou o terreno para o estacionamento de veículos de centenas de manifestantes. Mas num relatório do próprio Exército, a informação é que no local tinha prostituição, comércio e tráfico de drogas.

O relator da CPI, João Hermeto (MDB), afirmou que os militares incentivaram a invasão e disse que o empresário foi “um inocente útil”. Depois, aos gritos, disse que “temos que ouvir aqui os generais” e que o governo local falhou ao não retirar o acampamento à meia noite e um” do dia seguinte da quebradeira no dia 8 de janeiro.

O empresário negou por mais de uma vez que financiou o aluguel de um trio elétrico (Coyote) por R$ 30 mil, de banheiros químicos, barracas e fornecimento de alimento para o acampamento. Ele disse que “apenas” negociou o valor sem pagar parte do contrato.



Ele confirmou, no entanto, que doou valores que variaram de R$ 100 a R$ 1 mil para a organização do acampamento. Chico Vigilante garantiu que a CPI tem provas de que os valores foram maiores.

O empresário fez vários selfie e postou nas redes sociais. Ele participo das manifestações do dia 8 de janeiro e confirmou que viu pessoas dentro das sedes dos três Poderes. Ele garantiu que chegou pouco depois das 16 horas.



“Quando vi, as pessoas já estavam lá dentro, já tinham depredado”, respondeu a uma pergunta do deputado distrital Fábio Félix (PSol). Segundo ele, esteve próximo da rampa do Palácio do Planalto.

Sobre a participação de outras manifestações, ele garantiu que “me arrependo de ter participado”. A declaração foi a mesma dada pelo sócio Joveci. Os dois se encontraram na manifestação naquele domingo.


Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas

Assuntos Relacionados

DF e Entorno

Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas