O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou que enviaria um funcionário do governo à Ucrânia
O presidente chinês, Xi Jinping, enfatizou durante suas conversas por telefone com o homólogo ucraniano Vladimir Zelensky, nesta semana (26), que a “posição central” de Pequim sobre a guerra na Ucrânia é “promover a paz e as negociações“.
O Ministério das Relações Exteriores da China, por sua vez, anunciou após as negociações que enviaria um funcionário do governo à Ucrânia e a outros países para ajudar a conduzir uma “comunicação profunda” com todas as partes para alcançar um acordo político.
“Essa pessoa estará essencialmente engajada na diplomacia entre as partes. Claramente, a Rússia e a Ucrânia não estão em condições de se falar, mas o enviado chinês vai ‘de um para o outro’ e esperamos construir as condições para [possíveis] negociações futuras“, disse jornalista e analista político KJ Noh à Sputnik.
Ao abordar o plano de paz de 12 pontos de Pequim para a Ucrânia, ele o chamou de “bastante interessante”.
“Quero dizer, é essencialmente a posição da China. Não é um roteiro […], mas tem alguns princípios básicos que vêm depois do movimento dos não-alinhados, sabe, o respeito à integridade territorial e à soberania e depois, sabe, pedem a paz e o fim das hostilidades”, observou o analista ao se referir ao documento como uma “mistura”.
Noh argumentou que o plano pode ser usado como “uma plataforma para iniciar esse processo de avanço em direção a um acordo político” e que “é o momento certo”.
“Acho que está bastante claro que a Ucrânia, […] apesar do que os neoconservadores desejam, não será capaz de sustentar esta guerra de maneira significativa”.
Segundo o analista, “há uma variedade de fatores ambientais que criam a possibilidade de alguma negociação significativa” entre Moscou e Kiev.

