As eleições presidenciais serão realizadas neste domingo numa disputa bastante acirrada
Por Misto Brasília – DF
Os eleitores do Paraguai vão às urnas neste domingo (30) escolher o próximo presidente do país, em uma disputa acirrada marcada por tensões e pela polarização. Os principais candidatos são Santiago Peña, do Partido Colorado, e Efraín Alegre, da Concertación Nacional.
Além de eleger um presidente para os próximos cinco anos, em um pleito de turno único, também serão definidos 17 governadores, 45 senadores e 80 deputados.
“De manhã teremos um resultado, ao meio-dia, outro, e à noite, outro diferente”, afirmou à DW o analista político Horacio Galeone Perrone, sobre a dificuldade de fazer uma previsão com base nas pesquisas eleitorais, que apontam um empate técnico entre Peña e Alegre.
Enfrentam-se na disputa duas forças tradicionalmente hegemônicas: a conservadora Associação Nacional Republicana – Partido Colorado (ANR-PC) – que, com exceção do período eleitoral de 2008 a 2012, está no poder desde 1954 – e a Concertación para un Nuevo Paraguay, mais conhecida como Concertación Nacional, uma aliança de 14 partidos e organizações de oposição. Ambas reúnem internamente diferentes correntes e forças políticas.
Pelo Partido Colorado concorre à presidência Santiago “Santi” Peña, de 44 anos, que foi ministro da Fazenda durante o governo de Horacio Cartes (2013-2018) e é considerado um “cartista”.
Dentro da legenda, ele representa oposição ao movimento político do atual presidente, Mario Abdo Benítez, do mesmo partido. Em sua campanha, Peña concentrou-se em temas como segurança e defesa dos valores familiares tradicionais.
Como candidato do Partido Liberal Radical Autêntico dentro da aliança Concertación Nacional, concorre Efraín Alegre. O liberal de 60 anos foi ministro de Obras Públicas durante o governo de Fernando Lugo (2008-2012) e disputa a presidência paraguaia pela terceira vez. Em 2018, perdeu para Benítez por pouca diferença.