Juracy Cavalcante foi sabatinado por mais de quatro horas pelos deputados distritais que reclamaram da transparência do Instituto
Por Misto Brasília – DF
O médico Juracy Cavalcante Lacerda Júnior prometeu em três meses efetivar melhorias no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). A promessa foi feita durante quatro horas de sabatina na Comissão de Saúde da Câmara Legislativa. A sabatina prosseguia às 19h30.
Ele foi indicado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) como o sétimo diretor-presidente do Iges-DF em menos de quatro anos. Pelo cargo já passaram enfermeiros, ex-ministro, advogados e até um general da reserva.
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Os deputados distritais, como Jorge Viana (PSD), Dayse Amarilio (PSB) e Gabriel Magno (PT), reclamaram da falta de transparência do Instituto e pediram que o indicado providencie urgentemente a disponibilização de dados.
Atualmente, segundo o médico, a dívida do Iges-DF é de R$ 103 milhões, metade do passivo estaria sendo negociado. No ano passado, a dívida seria de R$ 235 milhões.
A sabatina é um roteiro burocrático que deve ser cumprido até a aprovação no plenário do Legislativo, que poderá acontecer ainda nesta semana. Juracy Lacerda está na função interinamente, mas admitiu que ainda não tem informações completas do Iges-DF, como dados detalhados do setor de Recursos Humanos.
Entre as promessas do novo diretor-presidente estão definir um cronograma de trabalho, reduzir as filas de cirurgia e priorizar a informatização. Uma das soluções, segundo ele, seria criar uma Parceria Público Privada (PPP). “É uma solução para acabar com as filas”, reforçou aos deputados distritais.
O Iges-DF é alvo de críticas de todos os lados. As principais se referem às condições físicas e estruturais do Hospital de Base e o péssimo atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). E existe divergências com a Secretaria da Saúde. Ele prometeu reformar logo a cozinha do Hospital de Base e ampliar a oferta de leitos
Apesar das críticas contra o Instituto, Juracy Cavalcante afirmou que é quase certo que os serviços devem ser expandidos. Mas não deu detalhes como será feito.
O médico admitiu que é sócio de duas empresas. Numa delas estaria se desligando e a outra está localizada em outro estado. O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) sugeriu que ele se desvincule das duas para evitar investigações do Ministério Público e da Polícia Civil.
