A maior tragédia ocorreu em 18 de março de 1967 no município de Caraguatatuba., com a morte 487 pessoas
Por Douglas Corrêa – DF
O temporal que atingiu os municípios do litoral norte de São Paulo nesse fim de semana é considerada uma das maiores tragédias da história do estado, segundo o governo.
O acumulado de chuva nas cidades do litoral norte paulista superou o da cidade fluminense de Petrópolis, em 2022, na região serrana do Rio, que teve o acumulado de 530 milímetros de chuva em 24 horas.
Antes, o maior índice havia sido registrado em Florianópolis (Santa Catarina), em 1991, com acumulado de 400 mm em apenas um dia.
Com 40 mortes confirmadas, o temporal foi também o maior acumulado de chuva que se tem registro no país, com 682 milímetros (mm) e um rastro incalculável de destruição. Ainda há 40 pessoas desaparecidas, com mais de 1.730 desalojados e 766 desabrigados.
Dos mortos, 39 foram em São Sebastião e um em Ubatuba. Equipes do município com psicólogas e assistentes sociais fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas. Sete corpos foram identificados e liberados para o sepultamento. São dois homens adultos, duas mulheres adultas e três crianças.
A Polícia Técnico Científica avança no trabalho de identificação das pessoas que morreram em decorrência do temporal, em especial nas cidades de São Sebastião e Ubatuba.
Na história de São Paulo, a maior tragédia ocorreu em 18 de março de 1967 no município de Caraguatatuba, quando as fortes chuvas causaram o desmoronamento de encostas e centenas de casas foram soterradas.
Segundo a contagem feita na época, 487 pessoas morreram, mas estima-se que o número de óbitos tenha sido muito maior.