A segunda rodada de negociações acontece depois do Carnaval. Para os sindicatos, há margem para uma proposta maior
Por Misto Brasília – DF
Os representantes do governo e dos sindicatos dos servidores têm mais uma rodada de negociações sobre a proposta de reajuste para as categorias. O governo federal sugeriu no encontro de ontem (16), 7,8% de aumento em março e 43,6% no auxílio-alimentação, de R$ 458 para R$ 658.
Os ministérios que estão encarregados das negociações, também incluíram pautas não remuneratórias.
Entre elas, a retirada da PEC 32/2020 (reforma administrativa) que tramita no Congresso Nacional, a revogação de instruções normativas que limitam a participação de servidores em atividade sindicais, a revisão da Portaria nº 10.723, que trata da redistribuição de cargos efetivos na Administração Pública Federal, e a retomada das Mesas Setoriais.
Na reunião da próxima terça-feira (28) será encaminhada uma contraproposta que está em discussão. O que se sabe, é que a proposta do governo está abaixo das expectativas dos servidores.
O presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, afirmou que “há espaço no orçamento para avançar um pouco mais do que os 7,8% propostos. Então, vamos apresentar uma contraposta ao governo federal para que seja utilizado todo o recurso orçamentário disponível para a recuperação das perdas”.
Os sindicatos garantem que se o governo usar os R$ 11 bilhões poderia chegar a um reajuste de 9% a partir de maio.
O secretário de Gestão de Pessoas (SGP), Sérgio Mendonça, informou que o governo pretende usar toda a disponibilidade orçamentária, os R$ 11,2 bilhões, para conceder o reajuste, mas quer tirar desse valor também o aumento do auxílio alimentação – fato que as entidades informaram não concordar.