Manifestação foi encaminhada ao presidente eleito Lula da Silva através da Fenafisco, Sindifisco Nacional e Anfip
Por Misto Brasília – DF
Três entidades sindicais ligadas ao Fisco federal e estadual entregaram hoje (08), uma carta de quatro páginas ao presidente eleito Lula da Silva (PT). Os sindicalistas advertem para a concentração da renda.
A carta é assinada pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais (Anfip), Federação Nacional do Fisco Estadual (Fenafisco) e Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional).
O documento aponta que o Brasil isenta de tributação parcela significativa da renda dos bilionários. “Começar a taxar as altas rendas, a propriedade e a riqueza é diretriz que está em sintonia com os anseios da sociedade”.
“Os 20 maiores bilionários do país têm mais riqueza do que 128 milhões de brasileiros (60% da população). Em 2020, o “clube dos super ricos” contemplava 238 bilionários, cuja fortuna acumulada totalizava R$ 1,6 trilhão, cerca de 23% do PIB”.
Para enfrentar esse problema estrutural, os sindicalistas indicam como remédio a reforma tributária progressiva, “que alcance o topo da pirâmide da renda e riqueza para reforçar a capacidade para financiamento do Estado”.
“A tributação progressiva deve se concentrar, especialmente na aquisição de Renda, tendo em vista que o Imposto de Renda é o núcleo do sistema tributário. Mas, também, deve atingir o acúmulo de riqueza e de propriedades”.
A Anfip, a Fenafisco e o Sindifisco Nacional garantem que a baixa tributação da riqueza e do patrimônio “é outra anomalia do sistema tributário”.
O documento recomenda ao presidente que seja implantado o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), previsto na Constituição de 1988, para incidir sobre o patrimônio líquido dos 0,28% mais ricos do país”.

