Os valores se somam a três aposentadorias, uma das quais publicadas hoje, e uma ajuda de custo do PL
Por Misto Brasília – DF
Quando deixar a Presidência da República, no início de janeiro de 2023, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá embolsar por mês aproximadamente 62 mil. O dinheiro será pago pelo contribuinte, já que os valores são resultado aposentadorias e uma ajuda de custo vindo de um partido, que recebe o Fundo Partidário.
Com os próximos reajustes, que devem vigorar entre janeiro e fevereiro de 2023, esse valor poderá ultrapassar a R$ 80 mil todo mês.
O presidente já possui uma aposentadoria de cerca de R$ 12 mil como soldo de capitão do Exército desde 1988. Naquele ano, ele se elegeu vereador do Rio de Janeiro e nunca mais deixou o Legislativo.
Nesta sexta-feira (02), foi publicado no Diário Oficial da União a autorização da aposentadoria como deputado federal. Na Câmara dos Deputados, ele permaneceu como parlamentar do chamado baixo clero por 27 anos.
O valor dessa aposentadoria é de R$ R$ 33.763,00, mas deve ter um reajuste em breve. Todos os salários dos deputados deverão ser reajustados para o teto do salário do funcionalismo, de cerca de R$ 41,7 mil. O assunto já está em discussão, como já publicou o Misto Brasília.
Quando janeiro chegar, Bolsonaro deverá ser indicado como presidente de honra do Partido Liberal (PL). O seu atual partido já garantiu, através do presidente da executiva nacional, ex-deputado Valdemar Costa Neto, uma ajuda de custo mensal. O valor dessa espécie de salário não foi revelado, mas o comentário é que ultrapasse os dois dígitos, ou seja, entre R$ 10 a R$ 20 ou até mesmo R$ 30 mil.
O presidente não vai contar com uma aposentadoria por ter ocupado quatro anos a Presidência da República. Mais terá benefícios vitalícios sem a necessidade de tirar o dinheiro do próprio bolso. Os ex-presidentes não têm direito a aposentadoria, que existiu até 1988, no governo de José Sarney. Todas as despesas estão previstas em lei e são pagas pela Presidência da República.
Assim como os ex-presidentes da Repúblicas – José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello, Michel Temer, Dilma Rousseff e Lula da Silva – o atual presidente vai contar com uma assessoria quando deixar o Palácio do Planalto.
Conforme a lei, terminado o mandato, o ex-presidente tem direito a oito servidores, destinados a sua segurança pessoal. Terá direito também a dois veículos oficiais com motoristas, custeadas as despesas com dotações orçamentárias próprias da Presidência da República. Esse custo anual chegaria a quase R$ 100 mil (incluindo salários e benefícios dos servidores), também pagos pelo contribuinte.

