Os comandantes militares teriam recebido ordens para não indicar os interlocutores para o novo governo
Por Misto Brasília – DF
A equipe de transição do novo governo tem previsão de 31 subgrupos de trabalho. São cerca de 300 nomes que têm a obrigação de apresentar relatórios setoriais até o Natal.
Entretanto, nem todos os subgrupos estão com os nomes confirmados. Num deles, defesa e inteligência, ainda não foram indicados os participantes por um impasse político.
O problema estaria na falta de interlocutores, já que o presidente Jair Bolsonaro (PL), teria proibido que os comandantes da Aeronáutica, Exército e Marinha indicassem os interlocutores para a transição. A informação é do jornalista Tales Farias, colunista do Uol.
Após esta notícia, a informação no governo é que para a área da Defesa, não há necessidade de transição. A solução seria simples, com a troca de comando no Ministério da Defesa e das três Forças. O fato, é que a situação criou um impasse para o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que coordena a transição.
De acordo com o jornalista, aliados de Lula da Silva ainda acreditam que será possível abrir canais de negociação com os atuais comandantes militares para discutir o assunto. Os militares não querem afrontar uma ordem direta do ainda presidente, mas entendem que têm que preparar a transição na sua área de forma menos traumática possível.