O partido que realiza domingo a convenção conjunta da federação, teme que os votos sejam anulados
No domingo (24), a convenção conjunta da federação PT-PCdoB e PV vai homologar os candidatos majoritários e proporcionais nas eleições de outubro. O encontro político começa às 10 horas, no auditório da CNTI (505 Norte), e deve se estender até o fim da tarde. Atualizada às 20h58
Os nomes dos principais candidatos majoritários estão definidos e não deve acontecer nenhuma surpresa, mas um dos principais nomes para concorrer à Câmara dos Deputados, não vai constar da lista dos concorrentes. O deputado distrital Leandro Grass (PV) vai concorrer ao governo, a professora Olgamir Amância (PCdoB) será a vice-governadora e Rosilene Corrêa (PT) para o Senado Federal.
O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) enfrenta uma batalha judicial para garantir a candidatura, mas nem mesmo o Partido dos Trabalhadores acredita nesta possibilidade. Em abril. o juiz da Vara Pública do DF manteve a sentença por improbidade administrativa contra o ex-governador. A situação dele é muito parecida com a do ex-governador José Roberto Arruda, também enrolado com a justiça por acusações de corrupção.
Hoje (22) à noite, o presidente do partido no Distrito Federal, Jacy Afonso de Melo, divulgou uma nota com o título “Responsabilidade e compromisso partidário”. No documento, o dirigente partidário concorda no potencial eleitoral do ex-governador, mas segundo ele, não é possível correr riscos de inscrever candidatos com riscos de inelegibilidade “e, como já aconteceu em outras unidades da federação, ter votos anulados e redução de bancadas”.
“Não se trata de fulanizar o caso. Mas de exercer a responsabilidade plena de quem defende o partido, os votos dos eleitores petistas e da federação e a preservação de nossa bancada”, sentenciou.
Após a publicação dessa matéria jornalística, o coordenador da campanha do ex-presidente Lula da Silva no DF, ex-deputado Geraldo Magela mandou uma mensagem ao site. Disse que Agnelo Queiroz será mantido na lista de candidatos. “A direção nacional da federação garantiu a inclusão dele na lista de candidatos”, escreveu Magela.
Nota do presidente do PT do Distrito Federal
As eleições de 2022 representam a possibilidade de derrotar Bolsonaro e Ibaneis e retomar o Brasil e o DF para gestões comprometidas com a democracia, a soberania popular, os direitos humanos e a inclusão social. Nesse sentido, eleger Lula presidente e Leandro Grass governador são nossos compromissos na disputa dos executivos.
Eleger Rosilene Senadora e bancadas maiores na Câmara Federal e na CLDF são metas igualmente importantes.
As chapas de nossa federação tem esse potencial. E, por isso, devemos tratar esse tema com a responsabilidade que essa meta exige.
A elegibilidade deve ter análise técnica isenta. Não podemos correr riscos de inscrever candidatos com riscos de inelegibilidade e, como já aconteceu em outras unidades da federação, ter votos anulados e redução de bancadas.
Tratamos nesse momento de uma candidatura de grande potencial, do nosso ex-governador Agnelo, que todos sabemos, foi vítima de intensa perseguição judicial e que luta, com nosso apoio, para provar sua inocência e eliminar os obstáculos à sua vida pública.
Desejamos que isso aconteça. Mas, sem a segurança de que seus votos serão validados, não podemos simplesmente ignorar riscos, por mais delicado que seja o caso.
Por isso, devemos deixar pendente, neste momento, a deliberação sobre sua candidatura, e contar com melhor definição de riscos sobre a situação jurídica dele.
Não se trata ee fulanizar o caso. Mas de exercer a responsabilidade plena de quem defende o partido, os votos dos eleitores petistas e da federação e a preservação de nossa bancada.
Sendo assim, rejeitamos o debate enviesado que alguns tentam fazer, transformando essa decisão em disputa interna. E reafirmamos que, havendo segurança jurídica, o nome do companheiro será devidamente contemplado na nominata da federação.
Brasília (DF) 22 de julho de 2022
Jacy Afonso de Melo