Jantar foi oferecido pelo presidente da Câmara com a participação de ministros e de políticos
Diagnosticado com o vírus da Covid-19 no último dia 15, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, participou de uma grande festa em homenagem ao ministro Gilmar Mendes. O jantar de ontem (22) que reuniu a nata da República na residência oficial da Câmara dos Deputados, foi oferecida pelo deputado Arthur Lira (PP-AL).
Desde janeiro, o Ministério de Saúde recomenda isolamento de sete dias após o início dos sintomas ou data do teste, se houver, mas é preciso estar sem febre, medicação e sintomas respiratórios para ser liberado.
Caso persistam os sinais da doença, os protocolos precisam ser mantidos por mais três dias, completando o tempo padrão de 10 dias, explica a infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), registra o site VivaBem.
O ministro foi à festa no limite do prazo que os infectologistas recomendam. Contados a partir do dia 15, o prazo de isolamento até a noite passada, foi de sete dias. No Distrito Federal, a taxa de transmissão há mais de dois meses não baixa de 1. Ontem, a taxa de transmissão da doença estava em 1,54. O boletim epidemiológico apontou mais oito mortes associadas à Covid.
De acordo com a mídia, a festa em homenagem aos 20 anos de Gilmar Mendes como ministro do STF teve a participação também do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele se encontrou com o ministro Alexandre Moraes. A mídia publicou que Bolsonaro teria dito a Moraes que precisava conversar com o ministro.
O presidente ficou na casa da Câmara até pouco depois das 23 horas. A festa, no entanto, se estendeu para mais tarde. No local estiveram, segundo o Metrópoles, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os deputados federais Aécio Neves (PSDB-MG), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Odair Cunha (PT-MG), Reginaldo Lopes (PT-MG), Orlando Silva (PCdoB-BA), Elmar Nascimento (União-BA) e Luciano Bivar (União Brasil-PE), os ministros do STF Ricardo Lewandovski, André Mendonça e Kassio Nunes Marques, o general Braga Netto, assessor especial e cotado para vice de Bolsonaro, o advogado-geral da União Bruno Bianco e o ministro da Justiça, Anderson Torres.