É preciso ter fé que as eleições podem mudar o país

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O Brasil terá eleições gerais em outubro de 2022/Arquivo

Olho vivo, porque não podemos ficar presos no populismo, nas bravatas e entre o bem ou mal, o bandido e o mocinho

Texto de Gilmar Corrêa

O noticiário político começa a esquentar com as definições de pré-candidatos. Nos próximos dois meses, a tendência é que esta cobertura dos bastidores seja mais intensa.

A partir de julho, quando a maioria das convenções partidárias já tenha sido concluídas, as notícias passam a ser mais de fatos concretos, de promessas e, naturalmente, de críticas e agressões.



Em meio ao material de conteúdo, as redes sociais também entram em outro nível. Passam a mostrar o espírito que deve permear as campanhas políticos nos estados e no Distrito Federal.

No caso específico do Distrito Federal, me atrevo a dizer que o pleito deste ano será das mulheres. Serão elas que darão o rumo das discussões, porque estarão na cabeça de muitas chapas majoritárias.

É uma tendência de influência que já experimentamos em 2018, quando os eleitores do DF elegeram cinco mulheres para a Câmara dos Deputados e uma para o Senado Federal. Todavia, tivemos pouca representação de gênero na Câmara Legislativa. Talvez essa participação nas eleições majoritárias neste ano, tenha reflexo no Legislativo local. É cedo para carimbar essa previsão.

Há uma suposta verdade no meio político de que mulher não vota em mulher.  É provável que isso tenha sido potencializada pelos homens. Veremos se, em outubro de 2022, quebramos esse mito urbano.



Para a corrida ao Palácio do Planalto, é preciso uma grande participação dos eleitores nas discussões. Não se trata de compartilhar fake news ou ler somente as manchetes das notícias, mas comparar discursos, propostas e, lógico, o passado de cada candidato.

Precisamos escolher o caminho nessa encruzilhada. Olho vivo, porque não podemos ficar no populismo, nas bravatas e na discussão entre o bem ou mal, o bandido e o mocinho. Há muito mais em jogo.

Penso que o ano eleitoral é importante para uma catarse nacional. Precisamos encontrar o melhor caminho. Sabemos que essa não é uma tarefa fácil, mas a escolha dos eleitores passa pelos candidatos ao Parlamento – nas assembleias legislativas, na câmara legislativa e para o Senado e Câmara dos Deputados.



Pela lógica traçada até agora, os parlamentares serão fundamentais nessa transformação. E os caciques já fizeram seus planos para controlar, por exemplo, os orçamentos, as indicações políticas ou até mesmo um novo sistema de governo.

O eleitor, portanto, precisa ficar atento a essas movimentações. Não acredite em qualquer coisa, em qualquer fala, em qualquer promessa ou no “prendo e arrebento”. Precisamos de uma nova lógica, de um nova utopia. É tempo para mudar este cenário de incredulidade e radicalismo.

Sim, claro, precisamos ter fé. Nunca é tarde.


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