Crise e falta de repasse de recursos fecham clínicas de hemodiálises

Hemodiálise sala clínica Misto Brasília
Clínica de hemodiálise alega problemas financeiros e fecha as portas/Arquivo
Compartilhe:

Situação é crítica no Distrito Federal. A última a fechar foi uma clínica que atendia a 137 pessoas em Samambaia

A MSF Tratamentos Renais fechou as portas na semana passada. É uma das várias clínicas de hemodiálises que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde em crise no Distrito Federal.

A empresa atendia a 137 pacientes renais crônicos em Samambaia e foi obrigada a fechar as portas porque não recebeu R$ 1,5 milhão do governo distrital, dinheiro que é repassado pelo governo federal. Os valores de cada sessão de hemodiálise são definidos pela Tabela SUS, do Ministério da Saúde, e repassados aos estados.


A crise preocupação a Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplantes (ABCDT). De acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Nefrologia, havia cerca de quatro mil pessoas em tratamento de diálise no DF em 2020. Atualmente, a entidade estima que em torno 1.200 estão sendo atendidas pelo SUS em clínicas conveniadas.

Segundo o diretor da associação, Leonardo Barberes, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal publicou em seu edital de 2020 a proposta de complemento para nefrologia nº 526/2020, mas posteriormente o pedido foi negado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).


“Achamos que há um precedente a favor das clínicas e elas vão buscar o auxílio, uma vez que é crítica a situação financeira das clínicas no DF. Todos os representantes de clínicas citaram os graves problemas vividos e ressaltaram a importância da união para enfrentamento dessa crise. Após uma ampla discussão chegou-se ao consenso de que os valores destinados para insumos, diálise peritoneal e honorários médicos sejam incluídos na solicitação de cofinanciamento. Assim como os problemas de acesso, falta de vagas e diálise para gestantes”.

A ABCDT vem buscando junto ao governo federal reajuste para as terapias de diálise em crianças, e em pacientes com HIV e hepatite, que são mais caras por exigirem uso único de alguns insumos. “Já faz nove anos que o valor não é reajustado. Recentemente, o governo concedeu aumento de 12%, mas não contemplou essas modalidades. Esperamos que isso seja revisto com a urgência que o tema pede”, finaliza.


Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas

Assuntos Relacionados

DF e Entorno

Oportunidades




Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas

❤️

Contribua com o Misto Brasil via Pix

Contribua com Misto Brasil via Pix