Bolsonado no PL também muda cenário político no Distrito Federal

Deputado Flávia Arruda Misto Brasília
Flávia Arruda é deputada federal e pré-candidata ao Senado/Arquivo/Divulgação

Presidente tem um projeto político que inclui também o PP e a corrida eleitoral nos estados

A filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL) do ex-deputado Valdemar Costa Neto, terá implicações também na política partidária no Distrito Federal. A filiação é um projeto para o ano que vem, com reflexos em 2023, quando se renovam as presidências do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

Valdemar Costa Neto citou hoje (08) à tarde – quando a notícia já era de domínio público, que a alternância de poder no Congresso Nacional -, entre o PL e o PP, é uma condicionante a ser respeitada. Bolsonaro sai na frente dos adversários ao firmar um acordo com os dois partidos.



De imediato, o PP e o PL, que são a base do Centrão, formam uma frente de 85 parlamentares. O projeto é ampliar as duas bancadas no pleito de outubro de 2022 e dar as cartas num suposto novo governo bolsonarista.

O Partido Liberal tem planos para as eleições de 2022. Valdemar da Costa Neto foi o padrinho da deputada Flávia Arruda para a Secretaria de Governo. Ao subir na hierarquia da política nacional, Flávia também é cacifada para o cenário no Distrito Federal. No cargo de ministra, a deputada tem dado muita atenção aos eventos distritais, como reuniões e inaugurações.



Flávia é citada como candidata ao Senado Federal. Há quem cite como provável vice na chapa da reeleição do Ibaneis Rocha (MDB). E há mais citações para encabeçar a chapa majoritária para o Palácio do Buriti. Flávia Arruda conta com uma assessoria doutorada ao seu lado. Além de Costa Neto, tem o seu marido, o ex-governador José Roberto Arruda, que se não tivesse sido condenado por corrupção, seria o herdeiro político do ex-governador Joaquim Roriz.

Deputada Bia Kicis DF Misto Brasília
Bia Kicis tem a maior legião de seguidores nas redes sociais/Arquivo

A filiação de Bolsonaro ao PL também movimenta outra peça do tabuleiro político local. A deputada Bia Kicis, hoje no PSL, deve acompanhar o presidente. Ela integra o grupo de descontentes do PSL que prepara a revoada. Nada menos que a metade da bancada de 54 deputados pode deixar a legenda.



Bia tem muitos seguidores nas redes sociais. São mais de 1 milhão somente no Twitter. É de longe a mais robusta legião entre os 11 parlamentares do DF (três senadores e oito deputados federais). Bia Kicis pode se candidatar ao Senado. Seria uma dobradinha na chapa majoritária com Flávia para o governo.

O grupo deve ir para um outro partido. É previsto que muitos devem se filiar no PL. A transferência deve acontecer em março/abril, quando abre a janela de filiações. Antes disso, poderiam perder o mandato. Flávia Arruda e Bia Kicis não comentaram sobre a filiação de Bolsonaro. O Misto Brasília aguarda a resposta às perguntas.


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