Bolsonaro diz que não vai interferir nos preços dos combustíveis

Jair Bolsonaro presidente Misto Brasília
Bolsonaro criticou o monopólio da Petrobras e a fórmula de cobrança do ICMS/Arquivo

O valor do litro dos combustíveis terá uma nova majoração nesta segunda-feira

Texto de Alex Rdrigues

Na véspera de um novo reajuste do preço dos combustíveis, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), garantiu, hoje (24), que o governo federal não vai interferir na execução da atual política de preços da Petrobras e de nenhum outro setor.

Bolsonaro, no entanto, confirmou que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o futuro da empresa energética, não descartando, inclusive, a opção de privatização – hipótese que admitiu ser “complicada.”



“Alguns querem que a gente interfira no preço, mas não vamos interferir no preço de nada. Isto já foi feito no passado e não deu certo”, disse o presidente ao admitir que não tem poderes para influenciar na definição de negócios e de preços da companhia.

Bolsonaro também voltou a criticar a fórmula usada para calcular o valor do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos estados.



“Estamos buscando uma forma de minorar este problema. Tanto que, há três meses, entrei com um processo no Supremo [Tribunal Federal], que ainda não se manifestou. Não é justo o ICMS incidir em cima dos próprios impostos federais, da margem de lucro, bem como no frete […] É uma forma de calcular que não é equivocada, é injusta”, disse Bolsonaro, reafirmando que, desde janeiro de 2019, o governo federal mantém os impostos federais congelados.


Sobre a permanência de Paulo Guedes no Ministério da Economia, o presidente disse que “a gente vai sair junto, fica tranquilo. Bem lá na frente”. A afirmação foi feita em entrevista a jornalistas no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília. Junto com o ministro, o presidente foi ver uma feira de expositores de passarinhos. “O Brasil foi um dos países que menos caiu. A gente deve ao Paulo Guedes, à sua competência e à sua liberdade para trabalhar”, disse o presidente.


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