Manifestantes fazem alvorada e ocupam boa parte da Esplanada

Caminhoneiro protesto bolsonarista DF
Caminhoneiros também participam do protesto na Esplanada dos Ministérios/Reprodução/Sputnik

O lado leste da Esplanada dos Ministérios é tomado de caminhões, ônibus e carros de passeio

Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estiveram ativos durante toda a noite e madrugada. Às6 horas fizeram uma espécie de toque de alvorada, com um breve discurso pelo carro de som e buzinas de caminhões. Os ministros do Supremo Tribunal Federal discutiram na noite passada a possibilidade de chamar o Exército para desocupar a região do Congresso, do STF e do Palácio.

O lado leste da Esplanada dos Ministérios é tomado de caminhões, ônibus e carros de passeio, que a Polícia Militar do Distrito Federal supostamente não conseguiu conter ontem à noite. Além disso, manifestantes pró-governo montaram acampamentos por todo o gramado da Esplanada. Quase a maioria não usa máscara de proteção facial. Veja nota oficial da Secretaria de Segurança Pública logo abaixo.



O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, acompanhou a manifestação, cercado por pessoas que o chamavam de “mito”, a exemplo do pai. Espera-se que pelo menos 100 mil manifestantes se reúnam na Esplanada no feriado de 7 de setembro.

A segurança da capital será reforçada, afirmou o governo do Distrito Federal, para evitar confrontos de grupos pró e contra governo. Enquanto isso, ontem (6) o ministro Alexandre de Moraes determinou prisão preventiva e busca contra envolvidos em organização e financiamento de atos antidemocráticos.


Nota da Secretaria de Segurança pública do DF

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, determinou nesta segunda-feira (6/9) a retirada da bandeira imperial do mastro principal do pavilhão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS).
A deliberação atende ao pedido em representação de membros do CNJ diante da conduta do presidente do TJMS, desembargador Carlos Eduardo Contar, que, ordenou o hasteamento da bandeira do Brasil império entre os dias 6 e 10 de setembro e divulgou o ato como celebração ao Dia da Independência.

A decisão considera que a bandeira hasteada não se insere entre os símbolos oficiais do Poder Judiciário brasileiro e, ainda, a necessidade de manutenção da neutralidade e imparcialidade do tribunal local. “A manutenção da situação relatada tende a causar confusão na população acerca do papel constitucional e institucional do Poder Judiciário, na medida em que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul pretende diminuir os símbolos da República Federativa do Brasil”, afirma Fux em sua decisão.

A Constituição Federal estabelece a República como forma de governo no Brasil e o presidencialismo como sistema de governo. Além disso, a representação cita reiteradas manifestações públicas do magistrado com motivações político-partidárias, como na solenidade de sua posse na presidência do TJMS, no início do ano.

Os autos serão encaminhados à Corregedoria Nacional de Justiça para apuração de eventual responsabilidade disciplinar.

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