Sistema de espionagem criado em Israel também vigiou seu médico e a família
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou nesta terça-feira (20) que foi uma das vítimas do sotfware Pegasus, um malware legal vendido a governos para ser utilizado para investigação de grupos terroristas e crime organizado, mas que foi usado para invadir smartphones que pertenciam a ativistas de direitos humanos, advogados, jornalistas e adversários políticos.
Os governos anteriores “possuíam equipamentos sofisticados para ouvir todos os telefonemas, não só da pessoa que era o alvo, mas de todos ao seu redor, é claro que me espiaram por um ou dois anos, muitos mais; mas agora se sabe que eles também espionaram minha esposa e meus filhos, até o médico que me assiste […], agora virou notícia mundial porque fizeram o mesmo em outros países”, disse o presidente mexicano durante entrevista coletiva, citado pelo portal López-Dóriga Digital.
Outras vítimas do escândalo de espionagem no México incluem a esposa do presidente mexicano, seus filhos e 50 outras pessoas que convivem com Manuel López Obrador.
O software de hacking Pegasus foi criado pelo grupo israelense NSO e a denúncia foi feita após uma investigação que envolveu 17 meios de comunicação dos EUA, Reino Unido, França, Alemanha e outro países. O ex-administrador de sistemas da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos EUA, Edward Snowden, afirmou que essa é “a história do ano”, informou a Agência Sputnik.