“Bolhas olímpicas” podem não proteger os atletas nos Jogos Olímpicos

Olimpíadas Japão 2020 delegação brasileira
Muitos atletas brasileiros já estão no Japão para competir nas Olimpíadas/Arquivo

Circulação de funcionários e voluntários pode desencadear uma disparada de infecções da Covid

A menos de uma semana da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em Tóquio, surtos de Covid-19 envolvendo delegações transformaram hotéis de pequenas cidades em instalações de isolamento encarregadas de implementar medidas sanitárias complexas para proteger atletas de elite e a população local.

Autoridades detectaram infecções pelo coronavírus em pelo menos sete delegações que chegaram ao Japão. Especialistas em saúde apontam que os surtos evidenciam os riscos de realizar o maior evento esportivo do mundo em meio à pandemia e num país em que grande parte da população ainda não foi vacinada.

Embora as competições sejam realizadas sem público, especialistas em saúde e hoteleiros temem que as “bolhas olímpicas“, nas quais os atletas e as delegações devem ficar isolados, possam não ser totalmente impermeáveis, porque a circulação de funcionários e voluntários pode levar a uma disseminação e desencadear uma disparada de infecções na população local.

Fotos de Jonne Roriz/COB

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Casos positivos em hotel de delegação brasileira

Os 49 membros da equipe brasileira de judô estão em quarentena depois que foram descobertos oito casos de Covid-19 entre os funcionários de um hotel em que estavam hospedados em Hamamatsu, no sudoeste de Tóquio. Nenhum dos judocas testou positivo.

“Todas as medidas foram reforçadas no hotel. Nenhum desses funcionários teve contato com os atletas brasileiros“, diz trecho de uma nota do Comitê Olímpico do Brasil (COB). “A delegação brasileira tem um elevador de uso exclusivo, usa apenas máscara N95, higieniza as mãos todo o tempo, faz as refeições num restaurante separado. Além disso, todos, equipe do hotel e delegação brasileira, passam por testagem diária.”


O COB comunicou também que a delegação olímpica brasileira tem atletas que recusaram a vacina. O COB não citou nomes, mas confirmou que 30 dos 301 atletas brasileiros inscritos para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 ainda não receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Uma autoridade municipal relatou que as delegações olímpicas foram obrigadas a assinar acordos formais de comprometimento com os protocolos anticoronavírus em relação a restrições de transporte, movimentação e na alimentação. Os funcionários do hotel foram transferidos para um centro de quarentena.

Houve casos positivos de Covid-19 nas delegações olímpicas de Uganda, Sérvia e Israel. Outras várias nações relataram testes positivos registrados antes do embarque de atletas – os casos mais emblemáticos são do tenista australiano Alex de Minaur e do jogador americano de basquete Bradley Beal. Outros tiveram que se isolar em hotéis após terem sido registrados casos positivos em meio aos passageiros nos voos para o Japão. (Da DW)

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