Após alterar ao menos cinco vezes o cronograma de entrega de vacinas contra a Covid-19, o Ministério da Saúde decidiu que não vai mais divulgar a previsão de doses para cada mês. De acordo com informações do Estadão, a pasta informou que agora os dados devem ser coletados diretamente com os fabricantes.
As divulgações e as atualizações de estimativas de chegada de imunizantes começaram em fevereiro após forte pressão sobre o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Em suas projeções, o ministério não considerava os atrasos na entrega de insumos para a produção de vacinas na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Instituto Butantan.
Além disso, a pasta somava doses de imunizantes que não tinham aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a Sputnik V e a Covaxin. A vacina russa ainda não foi avaliada pelo órgão, e a indiana já foi rejeitada.