Wolfwalkers, de Tomm Moore, explora as lendas escocesas e irlandesas

Filme Wolfwalkers
Wolfwalkers é um filme de animação que pode ser indicado ao Oscar/Divulgação
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Texto de Inês N. Lourenço

Há Pixar, há Ghibli, há Aardman e depois há um pequeno estúdio de animação irlandês chamado Cartoon Saloon, de onde saíram quatro fabulosas longas-metragens, três delas nomeadas para Oscar.

A quarta, que muito provavelmente se encaminha para o mesmo posto, é Wolfwalkers, de Tomm Moore (realizador de dois dos títulos do estúdio, The Secret of Kells e A Canção do Mar), novo testemunho da excelente saúde desta linha de animação “artesanal” que nos desperta o fascínio do olhar através da beleza do traço e da génese mais pura dos desenhos. Uma pérola de fim de ano, que não deixa de ser frustrante só estar disponível no serviço de streaming Apple TV+.

Desta vez a partilhar a assinatura com Ross Stewart, Moore regressa àquilo que tem sido apanágio do seu trabalho até aqui. A saber, um gosto específico para tratar o imaginário das lendas locais escocesas e irlandesas. Se o anterior A Canção do Mar centrava a sua história nas Selkies (mulheres-focas), Wolfwalkers parte da crença em seres humanos cujo espírito de lobo se liberta quando adormecem.

O lirismo de um filme como Wolfwalkers reside não só nessa arte das formas, e numa linguagem intensa das cores, mas também na conjugação disso com a narrativa pagã e o elogio do folclore. Neste caso, nos momentos mais dramáticos da história percebe-se mesmo um ambiente social inspirado nos julgamentos das Bruxas de Salém desse século XVII. Porém, tire-se já a teima: não há matéria para pesadelos de qualquer ordem.

9Inês N. Lourenço trabalha no DN, de Portugal)

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