A expectativa é grande no campus da Universidade de Brasília para a nomeação do dirigente máximo da instituição. A preocupação dos professores, estudantes e funcionários se refere à escolha do novo reitor dentro da lista tríplice pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os três nomes foram encaminhados para o Ministério da Educação após uma eleição que mobilizou os três segmentos.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a escolha recaiu sobre o terceiro colocado na lista, o professor Carlos André Bulhões Mendes. Na Universidade Federal da Paraíba o escolhido também não foi o primeiro colocado, mas o terceiro mais votado, o professor Valdiney Veloso, o que provocou protestos e ocupação do campus pelos alunos. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil entrou com uma arguição de descumprimento de preceito fundamental no Supremo Tribunal Federal para garantir a nomeação dos primeiros colocados das listas. Alega a autonomia universitária.
A reitora Márcia Abrahão foi a mais votada e se espera que ela seja reconduzia ao cargo. Ela recebeu 96% dos votos. Desde a semana passada há uma espécie de vigília aprovado por unanimidade pelo Conselho Universitário da UnB por sugestão do Diretório Central dos Estudantes. A mobilização permanente teve apoio da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) e Associação dos Pós-Graduandos da UnB (APG).
“O estado permanente de mobilização busca garantir que a nossa escolha seja respeitada. O governo deixou de nomear o primeiro colocado da lista tríplice em 38% das indicações feitas por universidades até agora. Precisamos garantir que isso não aconteça aqui”, explicou a coordenadora-geral do DCE, Cintia Isla. A estudante disse que a vigília tem o apoito dos deputados distritais, da bancada federal no Congresso e até do governador Ibaneis Rocha.