No Dia Mundial contra a Poliomielite, lembrado neste sábado (24), a pediatra de Brasília, Milen Mercaldo, adverte que a doença é altamente infecciosa. E para proteger as crianças da paralisia infantil, o remédio é a vacinação, mas a medida só é eficaz quando a cobertura vacinal alcança pelo menos 95%. A doença não tem cura e pode deixar sequelas permanentes.
O vírus da poliomielite é transmitido por pessoa para pessoa, principalmente através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. “Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença”, explica a pediatra.
O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar.
Dados do Ministério da Saúde, mostraram que em 2019, a cobertura vacinal contra a poliomielite no Distrito Federal, em menores de dois anos, atingiu 89,2%. Este ano, até abril, apenas 69,8% das crianças foram vacinadas.
Além das vacinas, é preciso atenção com medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. “As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças numa mesma habitação também são fatores que favorecem a transmissão da poliomielite”, diz. “Logo, programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença”, sugere Milen Mercaldo.