Militares da reserva das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – fizeram nesta tarde de quinta-feira (20) uma manifestação na frente do Ministério da Defesa. Pouco antes, uma comissão esteve com o ministro da Casa Civil, general Braga Neto, que não deu esperanças às queixas dos aposentados e pensionistas.
O motivo da reclamação é a lei 13.954, que estabeleceu a reforma da previdência dos militares. Para os manifestantes, a legislação só beneficiou os oficiais superiores e deixou à mingua cerca de 220 mil famílias de praças e graduados, que representam 82% das Forças Armadas. A lei teria prejudicado os militares da ativa no período de 2001 a 2019, que não conseguiram cursar os altos estudos. O prejuízo seria de 28% em 2023, “se nada for feito”.
O grupo protestou contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que sugeriu que eles fossem incluídos no regime geral da previdência. No encontro com Braga Neto, os representantes saíram frustrados, porque o ministro informou que o governo não vai alterar a lei. Em janeiro, deveria ter acontecido uma reunião com a participação dos senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Major Olímpio (PSL-SP). O encontro foi adiado e jamais foi realizado.
Durante a manifestação, foi anunciado um “mega panelaço” em Brasília hoje, amanhã e quinta-feira “seja para cobrar ou agradecer, só depende do governo”. Informou-se que a finalidade é permitir a harmonia entre as três Forças, “evitando dessa forma distorções nos vencimentos de ativos, veteranos e pensionistas”.