Europa pode determinar novos lockdowns para conter pandemia

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É preciso manter todos os cuidados com a pandemia/Arquivo/Reprodução TV

“Catastrófico”, “desastroso” e “devastador”: as palavras usadas por líderes europeus para descrever o que significaria a imposição de um segundo confinamento obrigatório são mais do que claras. A fim de conter o avanço do coronavírus, a movimentação foi restringida em quase toda a Europa a partir de março e abril. Com o verão, a situação foi aliviada em muitos lugares. Mas há semanas, os números de infecção vêm aumentando novamente em quase todos os países europeus.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 40 mil e 50 mil novas infecções são registradas diariamente na Europa. E isso não se deve apenas ao fato de que mais testes estão sendo realizados em todos os lugares. “Os números de setembro serão um sinal de alerta para todos nós”, disse o diretor europeu da OMS, Hans Kluge. De acordo com a agência de saúde da ONU, os números semanais de infecção excedem atualmente até mesmo os números do primeiro pico, de março.

À medida que o número de infecções aumenta, cresce também o temor de novos lockdowns. Na Espanha e na França, em particular, as restrições drásticas na primavera levaram a uma queda econômica histórica – e é precisamente nestes dois países que os números de infectados estão disparando novamente.

Não apenas no sul e no oeste da Europa as consequências econômicas de um segundo lockdown seriam duras. Também na Alemanha, as associações comerciais estão alertando para possíveis ondas de falências. “Um quinto de todas as empresas já vê sua própria sobrevivência ameaçada pela pandemia”, diz Mario Ohoven, presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas Alemãs (BVMW). Segundo ele, um novo lockdown significaria o fechamento de muitos firmas.

A situação no Reino Unido é um pouco diferente. O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, disse à BBC há alguns dias: “Queremos evitar um lockdown nacional, mas estamos preparados para isso”. O Reino Unido é o país mais afetado pelo coronavírus na Europa, com quase 42 mil mortes. Há dias não só o número de infecções vem aumentando acentuadamente no Reino Unido. O número de pacientes com Covid-19 nos hospitais também está crescendo. (Da DW)

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