Setor imobiliário aposta na retomada dos negócios no segundo semestre

Construção civil Misto Brasília
Construções ilegais estariam protegidas pelo esquema ilegal/Arquivo/Agência Brasil

Após anos de demanda reprimida, o setor imobiliário de Brasília ensaiava aceleração para 2020. A euforia nas empresas do segmento apontava para um novo ciclo de crescimento com recuperação das vendas e para o cenário fortalecido com a chegada dos pequenos investidores aderindo aos fundos imobiliários ou as ações de incorporadoras e shoppings.

Mas o coronavírus levou a uma desaceleração brusca da economia e o desligamento dos motores da área de serviço e de bens. Com isso, as estratégias para o setor imobiliário tiveram que se ajustar a realidade de calamidade pública devido a pandemia.

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No lugar da aceleração embalada por uma melhora na confiança de consumidores e no nível de renda, o isolamento social parou o DF. Para entender o impacto da pandemia e como será a retomada, Misto Brasília conversou com o consultor do mercado imobiliário André Duarte.

O isolamento social afetou o mercado imobiliário de Brasília?

Sim, afetou o setor assim como todos os setores no Brasil e no mundo. A maior dificuldade no segmento foi para a visitação do imóvel, onde o comprador podia ter a experiência da aquisição com a ideia real dos espaços de cada cômodo, dos acabamentos que são utilizados e de se imaginar morando em sua casa nova.

Essa dificuldade de estar no local, que faz parte do processo de aquisição, foi dificultado devido ao isolamento social. E houve uma queda representativa das visitas aos imóveis prontos e nos stands de vendas. Assim, tanto os compradores quanto os vendedores, priorizaram o cuidado e zelo pela saúde pública, adiando as negociações sobre imóveis.

E a construção civil parou?

Em algumas construtoras os trabalhos continuaram, porém, foram adotadas as medidas preventivas de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo Ministério da Saúde, para evitar a aglomeração e contaminação com o novo coronavírus.

Em outras construtoras, as atividades foram interrompidas pelo período de 15 dias, voltando ao funcionamento após a liberação de um decreto do Governador do DF Ibaneis Rocha, que enxergou a construção civil como essencial.

Existe um cronograma de obra que prevê situações de risco como falta de mão-de-obra, excesso de chuvas, falta de matéria prima e até mesmo causas como essa da pandemia para que as obras não sofreram atrasos em suas entregas.

Como será o processo de retomada econômica no setor imobiliário e na indústria de construção civil no DF?

Mesmo com as dificuldades impostas pelo isolamento, tivemos negociações que já estavam em andamento que foram finalizadas.  Surgiram novas tratativas, devido ao suporte digital que as empresas desenvolveram, como books digitais dos imóveis, tour 360° dos decorados, vídeos explicativos pelos imóveis, atendimento por vídeo chamada, entre outras ferramentas. Como o segmento vinha de uma crescente desde os últimos meses de 2019 e início de 2020, acreditamos que a retomada já está acontecendo de maneira gradativa.

Há previsão de fortalecimento e crescimento desses dois setores no segundo semestre?

Para alguns economistas, esses setores irão voltar a crescer apenas no início de 2021. Para outros, já teremos uma reação no segundo semestre do ano de 2020. Neste caso, precisamos classificar os tipos de imóveis, pois existe uma demanda represada para imóveis de alto padrão, como por exemplo o Setor Noroeste, onde os estoques das construtoras estão praticamente zerados.

Nesse bairro há a necessidade de novos lançamentos e é provável, após o isolamento social, essa procura deverá voltar a crescer e representará um fortalecimento significativo para toda economia do DF.  Isso acontecerá pelo fato que os ativos imobiliários são excelentes investimentos por causa da liquidez e segurança.

É a hora de comprar imóvel?

Durante toda a jornada econômica, percebemos que as grandes oportunidades de investimentos, e grandes negociações que trouxeram lucros expressivos, foram feitas exatamente nesse período de “crise econômica”.

Este momento não é diferente. Os investidores já sentiram no bolso com perda nas bolsas de valores, com isso, muitos irão migrar para o setor imobiliário para diversificar suas aplicações financeiras.

Vale ressaltar que no setor imobiliário é onde se encontram grandes ótimas oportunidades para fazerem suas aquisições, construtoras/incorporadoras dispostas a negociar, flexíveis das condições de pagamentos, e vendedores interessados em fecharem suas vendas após o período da quarentena.

Por isso, durante esse período de isolamento, o consumidor pode aproveitar para fazer pesquisas, entrar em contato com os corretores que estão atendendo on-line, e solicitar quais são as melhores opções para fazerem suas aquisições.

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