A “velha política” que o presidente Jair Bolsonaro tanto criticou durante a campanha eleitoral, entrou pela porta da frente do governo pelo enigmático Centrão. E com as articulações políticas para a base governamental, chegam também personagens que fizeram a história pelas portas dos fundos, como o ex-ministro Geddel Vieira Lima. O ex-ministro dos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) cumpre atualmente pena por corrupção no sistema penitenciário da Papuda.
Um dos assessores do ex-ministro foi nomeado ontem para um cargo no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Marco Antônio Ferreira Delgado vai atuar como chefe de gabinete exatamente no órgão que custou a vida pública de Geddel Vieira Lima, o mesmo que tinha um “bunker” com R$ 51 milhões.
A denúncia foi apresentada pelo deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ). Foi Calero quem divulgou como ministro, em 2016, o tráfico de influência do ex-ministro para alterar o gabarito de um arranha-céu em Salvador numa área histórica.