O governo da Itália anunciou uma série de medidas drásticas para conter o avanço do novo coronavírus. Neste domingo (08), o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, assinou um decreto que colocou em quarentena a maior parte do norte do país, impondo restrições ao deslocamento de pelo menos 16 milhões de pessoas.
A medida representa o esforço mais abrangente tomado fora da China para conter o avanço da doença. A Itália é o terceiro país mais afetado pelo novo coronavírus depois do país asiático e da Coreia do Sul. O governo italiano já registrou quase 6.000 casos de contaminação e 233 mortes.
Além de isolar o norte do país, o governo de Conte ordenou o fechamento de todos os cinemas, museus, teatros e piscinas públicas em todo o território italiano. O fechamento desses locais, assim como a quarentena no norte, deve valer até pelo menos 3 de abril. Empresas também foram orientadas a permitir que seus funcionários possam trabalhar de casa.
Soldados da rua Milão, a capital econômica da Itália. (DW)
A imprensa italiana informou que também serão proibidos casamentos, funerais, eventos esportivos e culturais e que bares que não impuserem regras para que clientes mantenham distância um do outro podem sofrer sanções. Nesta semana, o governo já havia anunciado o fechamento de todas as escolas e universidades em todo o país até pelo menos 15 de março.
Já a quarentena imposta ao norte afeta toda a região da Lombardia e outras 14 províncias. Os moradores vao precisar de uma permissão especial para deixar a região, assim como habitantes de outras províncias que desejarem se desclocar para o norte. A medida feta diretamente cidades como Milao, a capital econômica do país, e Veneza. Antes da publicação do decreto, apenas algumas regiões específicas do norte do país haviam sido colocadas em quarentena, afetando cerca de 50 mil pesssoas.
Já a ampla quarentena imposta neste domingo é similar à que foi tomada em janeiro na província chinesa em Hubei no final de janeiro.