Ronaldinho Gaúcho

PCC poderia ter relação com documentos falsos de Ronaldinho

O advogado contratado para defender o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, detidos pela polícia do Paraguai desde ontem, disse que o brasileiro está chocado e que ainda não entende o que aconteceu. Adolfo Marín afirmou que ele está disposto a colaborar com as autoridades e contar tudo, até onde ele sabe, de acordo com o diário ABC Color.

O empresário Wilmondes Sousa Lira, que levou os irmãos Assiss para o Paraguai também foi detido com documentos falsos na suíte presidencial do Yatch and Golf Club, em Assunção, a capital paraguaia. De acordo com o Ministério Público, foi na sala VIP do aeroporto que Ronaldinho Gaúcho recebeu os documentos de Sousa Lira.

O ex-jogador teria vindo para cumprir também uma agenda com a Fundação da Fraternidade Angélica – Florian Beck. Nesta promoção também estaria envolvido o general aposentado Carlos Liseras. Ronaldinho supostamente também ira participar da promoção de um cassino, que também poderia teria participação societária.

O principal objetivo da defesa é remover o jogador e seu irmão da detenção que estão enfrentando agora, por terem entrado no país com documentos contendo conteúdo falso. São duas identidades emitidas pelo país vizinho.

O promotor do caso, Federico Delfino, da Promotoria contra o Crime Organizado, disse que os números dos passaportes correspondem a outras pessoas, e que foram retirados em janeiro passado e entregues ontem, quando Ronaldinho e o irmão Roberto Assis desembarcaram do avião.

De acordo com o site do jornal paraguaio, o advogado esclareceu que não há muita informação que o jogador possa informar, porque ele simplesmente pegou os documentos que lhe foram oferecidos ao chegar e são considerados, juntamente com o irmão, vítimas por terem caído no uso de passaporte falso e bilhete de identidade, quando “eles não precisavam fazê-lo”.

“Eles desceram do avião com efervescência, pediram passaportes, entregaram e chegou a enchente”, explicou o advogado. O promotor Federico Delfino disse que Ronaldinho permanecerá ligado ao processo no Paraguai até que seja determinado o que exatamente aconteceu. Ele esclareceu que os advogados de defesa não têm vínculo com a fundação que o trouxe ou com o empresário Wilmondes Souza Lira.

O comandante da Polícia Nacional, Sergio Resquín, confirmou à imprensa local que era uma empresa que solicitou escola policial para a entrada de Ronaldinho no Paraguai. De acordo com a nota enviada às forças policiais, é o Grupo Beck que pediu duas motos e um carro-patrulha para acompanhar a delegação até o retorno ao Brasil, no domingo (07).

A polícia informou que agora está procurando pessoas que solicitaram o passaporte, sob a presunção de que poderiam ter laços mesmo com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

No caso da carteira de identidade paraguaia, o chefe da polícia apontou que é um documento falsificado que “à primeira vista” pode ser percebido. Finalmente ele disse que agora estão investigando se esse documento corresponde ao de uma pessoa.

Vista parcial do resort de luxo Yatch and Golf Club