Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência

filme “Você não estava aqui”
Filme discute a vida cotidiana dominada pela tecnologia e suas consequências/Divulgação
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Texto de José Cruz

Depois da aprovação da legislação trabalhista no Brasil, esperança sem limites para acabar com o desemprego – mas que ficou só nisso, “esperança” – é oportuna a entrada em cartaz do filme “Você não estava aqui”.

Dirigido por Ken Loach, o mesmo de Daniel Blake, o relato é sobre uma tradicional família inglesa, casal e dois filhos, menores, que se vira para sobreviver e manter as contas em dia, após a crise na economia de 2008.

Na falta de trabalho formal, com carteira assinada e direitos trabalhista garantidos, raridade no mundo moderno… Ricky Turner (Kris Hitchen) tornou-se entregador de aplicativo. Abbie Turner, (Debbie Honeywood), mulher dele, é cuidadora de idosos.

A promessa de uma nova e independente relação trabalhista, com ausência de patrões, mas com o compromisso de cumprir metas, transformou-se em pesadelo do casal, com graves repercussões na família, até então unida. O transtorno do agito diário acaba refletindo no comportamento dos filhos.

Em resumo, o filme retrata a expansão da “uberização dos serviços, com garantias de ganhos, mas sem qualquer direito ao trabalhador com consequências dramáticas da necessidade que acaba se transformando em escravidão.

“Você não estava aqui” entra para a série de produções de apelo social do octogenário Ken Loach, um crítico do capitalismo e da exploração da classe trabalhadora. E sugere oportuna reflexão de uma realidade que já faz parte do nosso cotidiano.

(José Cruz é jornalista no Distrito Federal)

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