O dólar fechou em alta de mais de 1% nesta Quarta-feira de Cinzas, impulsionado pelos temores sobre a rápida expansão do coronavírus pelo mundo, renovando sua máxima recorde para fechamento apesar de intervenção extraordinária do Banco Central.
O dólar interbancário saltou 1,16%, a R$ 4,4441, maior patamar para um encerramento da história, e chegou a bater 4,4484 na máxima do dia. Na B3, o dólar futuro, que é negociado até às 18 horas, avançava 1,18%, a R$ 4,4435. Nesta sessão, o crescente número de casos de coronavírus pelo globo foi gatilho para uma onda de aversão a risco, principalmente com aumento de casos fora da China, onde surgiu a doença. Até esta sessão, o número de mortos na Itália havia ultrapassado 19 e novos casos na Coreia do Sul superaram 1.260.
No Brasil, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou nesta quarta-feira o primeiro caso de infecção em São Paulo, de um homem de 61 anos que esteve na Itália.
Em nota, a Correparti Corretora disse que o movimento desta quarta-feira reflete ajuste “aos dias fechados aqui pelo feriado de Carnaval, após estresse nos mercados internacionais na segunda-feira e ontem, devido à disseminação do coronavírus em vários países fora da China, incluindo o Brasil.”
No exterior, o dia foi marcado pela força da moeda norte-americana, que avançava contra boa parte das divisas arriscadas, como dólar australiano, peso mexicano, lira turca e rand sul-africano, sinal da cautela global.