Paula Belmonte: ”Estamos em um caminho de boas perspectivas”

Deputada Paula Belmonte DF
Paula Belmonte é deputada pelo Cidadania do Distrito Federal/Arquivo/Agência Câmara

A reforma da Previdência “foi sem dúvida” a principal pauta do ano passado, concorda a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), na resposta ao Misto Brasília, que iniciou uma série de entrevistas com os parlamentares da bancada federal do Distrito Federal. Para 2020, ela sugere que o Congresso Nacional deve “ter um olhar mais voltado para o social”.

Paula Belmonte disse que é contra o Fundo Eleitoral, porque os escândalos sobre o uso de verbas públicas dos fundos partidários “reforçam a importância de não se colocar dinheiro público em campanhas políticas”.  Sobre sua participação como parlamentar, ela destaca a aprovação da lei do Biênio da Primeira Infância, que surgiu a partir de uma sugestão sua.

A produção do Congresso Nacional neste primeiro ano da 56ª Legislatura foi a esperada pela sociedade? Em que o Parlamento falhou?

O Congresso Nacional trabalhou no decorrer de 2019 em importantes pautas de fomento ao desenvolvimento econômico para o Brasil. Foi um ano intenso de dedicação do Legislativo.  Para 2020, o Congresso tem que seguir trabalhando para ajudar o país a se recuperar e sair da crise. E também ter um olhar mais voltado para o social.

Dentre as matérias aprovadas pelo Legislativo em 2019 quais na sua opinião vão contribuir para o crescimento econômico do País e uma vida melhor para os seus cidadãos?

A reforma da Previdência foi sem dúvida a principal pauta do ano passado, mas também tivemos outras grandes matérias aprovadas que contribuem para o desenvolvimento do país, como a Medida Provisória da Liberdade Econômica, o Marco do Saneamento Básico, e o Pacote Anti-Crime.

E quais as propostas aprovadas pelo Congresso Nacional que trarão impacto negativo na vida dos brasileiros?

Fui contra a aprovação do orçamento de R$ 2 bilhões para o Fundo Eleitoral, o chamado Fundão.   Os escândalos que temos visto recentemente relacionados ao uso de verbas dos fundos partidários são algo negativo e reforçam a importância de não se colocar dinheiro público em campanhas políticas.

Que avaliação o senhor (a) faz do primeiro ano do governo Bolsonaro e da sua relação com o Congresso?

Foi um ano de muitos ajustes. Estamos passando por profundas reformas necessárias para garantir o desenvolvimento econômico e social do país. Temos muito a fazer, em todas as esferas de poder, mas observo que estamos em um caminho de boas perspectivas. Precisamos voltar a acreditar no Brasil.

Destaque as principais propostas de sua autoria que foram apresentadas no ano de 2019.

No primeiro ano de mandato e legislatura, aprovamos a lei do Biênio da Primeira Infância. Fiquei muito feliz em conseguir aprovar uma lei logo no primeiro ano de mandato. Há parlamentares que passam uma legislatura inteira sem conseguir aprovar um projeto e eu tive essa felicidade de conseguir a aprovação de uma lei tão importante para as crianças.

Aprovamos também a Comissão Externa de Políticas da Primeira Infância, da qual sou coordenadora. Teremos uma forte atuação em projetos que visam a segurança e bem-estar das nossas crianças e adolescente.

O nosso mandato é pautado, além da primeira infância e adolescência, em outros dois pilares – do empreendedorismo e da fiscalização. No âmbito do empreendedorismo, temos dois importantes projetos que destaco aqui, da instituição da “Empresa Jovem” e da “Semana do Empreendedorismo Feminino”, este já com aprovação na Câmara.

A oferta de empresa jovem aos estudantes de ensino técnico é uma oportunidade para que eles possam concretizar suas ideias e lidar, de maneira profissional, com o mercado empreendedor. A ideia é constituí-la aos moldes do que já acontece na Empresa Júnior, com os estudantes universitários. Estas empresas podem ser a porta de entrada para a geração de emprego e renda, além de uma série de valores de impacto no âmbito social do país.

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