Começa nesta segunda o ano letivo na rede pública no DF

Escola DF ensino fundamental
A falta de aulas presenciais afeta especialmente as regiões mais pobres e a rede pública/Arquivo

A rede pública do Distrito Federal inicia nesta segunda-feira (10) o ano letivo de 2020 com o envolvimento de 538.659 pessoas, entre professores, servidores e estudantes. Na última semana das férias, a Secretaria da Educação (SEE) avisou que a maioria das 678 unidades escolares está pronta para receber os 460 mil estudantes.

Veja o calendário escolar

As 14 regionais de ensino elaboraram as atividades de boas-vindas conforme a realidade das etapas e modalidades de ensino da Educação Básica – educação infantil ao ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Os preparativos incluíram a convocação de 4 mil de uma previsão total de 8,5 mil professores temporários. A Secretaria garante que o programa Educação Sem Carência vai colocar professores em todas as salas de aula.

“Estamos atuando em todas as frentes ao mesmo tempo para nos voltarmos, cada vez mais, para o processo de ensino-aprendizagem”, garante o secretário João Pedro Ferraz, de acordo com registro da sua assessoria de imprensa. “Este é o objetivo de tudo o que fazemos”.

Situação das escolas – Nem tudo deve funcionar de acordo com o desejado e o planejado. O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) garante que a situação dos colégios é bastante ruim, segundo um “raio-X” que a entidade “vem realizando”.  De acordo com o próprio governo, cinco escolas estão fechadas, quatro delas há mais de dois anos. Está previsto a entrega em abril o CEF 01, da Vila Planalto.

O edital de licitação para reconstrução da EC 52, de Taguatinga, foi publicado na última semana. Estão em fase final de análise os editais de licitação para reconstruir o CEM 10 e a EC 59, de Ceilândia, e ainda o CAIC Castelo Branco, do Gama.

Em Ceilândia, 40% das escolas estão em ótimo estado; 30%, bom; 20%, regular; e 10% em estado ruim. Em Taguatinga, foi acelerado a arrumação do prédio recém-alugado pela Secretaria de Educação para os alunos da EC 52. A escola teve as atividades suspensas em 2019, após decisão judicial que determinou a sua reconstrução. No ano passado, os 400 estudantes foram encaminhados para as escolas próximas.

Na região central, 40 escolas vinculadas à Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto começaram a passar por reparos. As obras começaram em janeiro. Nas contas da Regional, 90% do serviço já foi executado. Para estas obras foram usados R$ 1,07 milhão de repasses de emendas parlamentares.

“Temos colégios bem cuidados, mas sem manutenção profunda há muito tempo. Várias têm rachaduras, infiltrações, problemas por terem a estrutura antiga, construídas na época da inauguração de Brasília”, diz o coordenador, Álvaro Matos. (Foto de Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília)

Deslocamento dos alunos – Para transportar quase meio milhão de estudantes, também é necessário um planejamento adequado que nem sempre funciona. É esperado problemas neste início de ano também nesta área. Devem ser transportados 57.811 estudantes em 844 ônibus.

Alguns contratos de transporte escolar estão sendo transferidos para a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), empresa responsável pela gestão do transporte coletivo no Distrito Federal, como é o caso do atendimento a cerca de 800 alunos da Escola Classe 52, de Taguatinga.

A previsão é de que seis ônibus de transporte escolar da TCB, façam o atendimentos desses alunos no trajeto de ida e volta da escola. Seis contratos foram transferidos para a TCB. Além de Taguatinga, a empresa vai realizar itinerários no Plano Piloto, em Samambaia, em Sobradinho, no Guará e em Brazlândia.

Os alunos dos anos finais dos ensinos Fundamental e Médio de unidades do Riacho Fundo e Riacho Fundo II, da regional do Núcleo Bandeirante, e que usavam transporte escolar até o ano passado, vão utilizar o Passe Livre para ir à aula a partir deste ano. Até então, o Governo do Distrito Federal (GDF) arcava com o transporte escolar para estudantes que têm direito ao benefício.

A logística da comida – Quase 400 mil alunos voltam a comer nas escolas, consumindo 489.353 de refeições, em média, por dia. No ano passado, a merenda escolar falhou para milhares de alunos. A carne, por exemplo, não esteve nos pratos das crianças por três meses.

Neste ano, devem ser confirmadas as parcerias para fornecimento de comida produzida no Distrito Federal.

Em 2017, eram adquiridos 23 diferentes tipos de alimentos da agricultura familiar. Agora já são 30 diferentes tipos. Quase mil agricultores familiares locais são beneficiados, impactando diretamente a melhoria da qualidade de vida de 3.785 pessoas, de acordo com a SEE.

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