A deputada Flávia Arruda (PL-DF) avalia que a atual composição do Congresso Nacional é a “mais reformista das últimas décadas”. A parlamentar fez essa observação na série de entrevistas que o Misto Brasília realiza com os parlamentares federais do Distrito Federal.
A deputada não poupa críticas à administração de Jair Bolsonaro: “É um governo confuso”. Para ela, o “Congresso teve a coragem de corrigir falhas do governo e se não fosse o Parlamento, estaríamos ainda com a economia estagnada”. Como destaque de seu trabalho na Câmara dos Deputados, Flávia Arruda cita que conseguiu “tirar as armas de policiais acusados de violência doméstica”.
A produção do Congresso Nacional neste primeiro ano da 56ª Legislatura foi a esperada pela sociedade? Em que o Parlamento falhou?
Tivemos um ano de muito trabalho. Muito acima das expectativas. Esse é o Congresso mais reformista das últimas décadas.
Dentre as matérias aprovadas pelo Legislativo em 2019 quais na sua opinião vão contribuir para o crescimento econômico do País e uma vida melhor para os seus cidadãos?
A reforma da Previdência foi a grande responsável pela retomada da economia. E estamos avançando, e rápido, na pauta social e na correção do papel do Estado. O Congresso está fazendo a sua parte
E quais as propostas aprovadas pelo Congresso Nacional que trarão impacto negativo na vida dos brasileiros?
Vejo um impacto muito positivo nos projetos sociais, para a diminuição das desigualdades. O Congresso teve a coragem de corrigir falhas do governo e não fosse o Parlamento, estaríamos ainda com a economia estagnada. O ano foi positivo.
Que avaliação a senhora faz do primeiro ano do governo Bolsonaro e da sua relação com o Congresso?
É um governo confuso. Sem uma base consolidada. Em conflito permanente com seu próprio partido e com o congresso. Creio que o parlamento está tocando sua agenda apesar das falhas de articulação do governo.
Destaque as principais propostas de sua autoria que foram apresentadas no ano de 2019
Presido a comissão externa do combate à violência contra a mulher e o feminicídio. Estamos avançando nessa pauta. Presido também a comissão que vai rever o Bolsa Família, que será fundamental na diminuição das desigualdades. Conseguimos tirar as armas de policiais acusados de violência doméstica e no plano regional conseguimos trazer emendas para a construção de sete novas UPAs e creches. Também conseguimos a decisão do governador de baixar para um real o preço da refeição nos restaurantes comunitários. E muitas outras coisas, mas ainda há muito trabalho pela frente.