A disseminação do novo coronavírus, conhecido cientificamente como 2019‐nCoV, entre humanos na China pode ter começado a partir do consumo de carne de morcegos e cobras. Os primeiros casos surgiram em Wuhan, na China, que colocou cerca de 20 milhões de pessoas sob confinamento em cidades localizadas no centro de um misterioso surto de doenças respiratórias causadas por um coronavírus.
Autoridades de saúde confirmaram que o número de mortos aumentou para 25, com 830 pessoas infectadas. Temores quanto a uma maior disseminação da doença levaram autoridades de saúde em todo o mundo a agir para evitar uma pandemia global.
O Comitê de Emergência da OMS, composto por 16 especialistas independentes, decidiu nesta quinta-feira que o surto do novo coronavírus não constitui uma emergência global de saúde, mas afirmou que acompanha a evolução da doença minuto a minuto.
O consumo de sopas de morcego é considerado uma iguaria e, normalmente, as refeições são consumidas com o morcego cozido, com a barriga aberta, dentro da tigela de sopa com legumes.
Em um estudo publicado no Journal of Medical Virology, os cientistas Yu Chen, Qianyun Liu e Deyin Guo compararam o genoma de cinco amostras do coronavírus com mais de 200 vírus parecidos coletados em várias espécies.
A conclusão que a equipe de cientistas chegou foi de que o vírus nCoV teria alterado suas substâncias ao se conectar com as células de uma espécie de cobra e de morcegos, que não foram identificadas pelo estudo.
A cobra, que é predadora do morcego, também é consumida na China como iguaria – e pode ter contribuído para a disseminação do vírus como hospedeiro intermediário. Após a revelação do estudo, imagens da sopa de morcego têm viralizado nas redes sociais. (Da JP e DW)