Após uma repercussão negativa avassaladora, inclusive com uma dura manifestação da Alemanha, o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o secretário especial de Cultura, Roberto Alvim. O assessor que participou de uma live ontem à noite com o presidente, fez apologia ao nazismo ao copiar uma frase de Joseph Goebbelz num vídeo divulgado pelo próprio governo. (Veja abaixo).
Neste momento, o presidente faz uma reunião de emergência com os principais auxiliares. Há pouco foi divulgada uma nota oficial da Presidência da Repúbica confirmando a demissão. Veja a nota após o texto. Atualizado às 13h15
Houve manifestações de parlamentares, da oposição e até de aliados de Bolsonaro contra as declarações do secretário. O guru do presidente, Olavo de Carvalho, chegou a dizer que Roberto Alvim estava mal da cabeça. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, afirmou que é uma “ofensa ao povo brasileiro”.
Houve manifestações da comunidade judaica e também esse tenha sido o principal motivo da demissão. Judeus aliados de Bolsonaro foram enérgicos. Entre esses aliados estão o apresentador Sílvio Abravanel, banqueiros como as famílias Safra e Setúbal. Pesou também a repercussão negativa nas redes sociais. Foi criada até uma hashtag #foraAlvim.
O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se manifestou há pouco em nota: “Como primeiro presidente judeu o Congresso Nacional, manifesto veementemente meu total repúdio a essa atitude e peço seu afastamento imediato do cargo”.
Nota oficial da Presidência da República
– Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência.
– Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas.
– Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum.
Presidente Jair Bolsonaro