O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) tem repetido que o segundo ano do seu governo será melhor. “Primeiro porque pego um orçamento feito por mim. Pego estrutura, projetos que fui eu que elaborei”.
Ibaneis separou alguns dias para dar entrevistas à Imprensa – jornal, rádio e televisão – e tem sido otimista em todas elas. “Foi um ano positivo”, resume.
“Fizemos um trabalho importante, mas ainda existia por parte da população uma dúvida sobre o que ia acontecer. O fato de termos saído fortalecidos das urnas, possibilitou que montássemos uma equipe muito técnica. Não tem aquele histórico loteamento como era feito no passado entre os políticos em que cada um era uma ilha”, afirmou numa entrevista de pergunta e resposta ao Correio Braziliense.
Alguns tópicos da entrevista
“A gente espera investir R$ 3 a R$ 4 bilhões. No início do ano, nós temos várias licitações para soltar. Estão todas prontas. Existem vários projetos que não existiam, nós fomos lá e mandamos fazer os projetos, muitos já concluíram e já foram feito os orçamentos. Tem recurso já separado no início do ano para fazer todas as licitações. Eu acho que nós vamos colocar pelo menos umas 50 obras importantes na cidade, como o viaduto do Paranoá e Itapoã, o viaduto do Recanto das Emas, o viaduto do Riacho Fundo, a entrada de Sobradinho, a duplicação da BR 020 entre Sobradinho e Planaltina, o viaduto da Epig, duplicação da DF 140, revitalização da DF001, Pistão Sul… Nós vamos fazer todo ele… a Hélio Prates, o túnel de Taguatinga, o hospital oncológico… Tudo isso nós conseguimos destravar esse ano. Várias escolas, 14 creches. São coisas que não estavam nem no papel ou estavam paradas havia muitos anos”.
“Não tenho nenhum problema do projeto [Museu da Bíblia] ser ou não ser do Niemeyer. Quem está tocando é o representante do escritório deles. Então, isso é uma discussão que está fora da minha esfera. No início, nem sabia da existência desse projeto. Cheguei ao ponto de dizer que eu ia doar o projeto. Eu ainda chamei a minha arquiteta e mandei ela fazer quando surgiu essa questão dos desenhos do Niemeyer que estariam catalogados, mas essa é uma discussão que eu acho que não interessa para a cidade. Ser do Niemeyer ou não tem uma importância grande para Brasília, é um significado muito grande, mas se eles entenderem que não é, vou tocar o projeto do mesmo jeito e arrumo outro arquiteto para assinar. Então, eu não tenho esse tipo de problema, mas eu vou fazer, sendo ou não do Niemeyer.
“Por minha vontade, eu já estava lá [Centro Administrativo – Centrad], mas tenho que respeitar o órgão de controle. Cumpri a minha parte fazendo o plano de ocupação, entreguei para o TCDF que já liberou para a gente. Segundo passo que eu fiz foi ter uma reunião com o presidente da Caixa que veio aqui nos visitar. Vamos partir pra compra do prédio. Eu até digo que a obra do Centrad não é uma obra do governo, ela é um projeto de Estado. Se você pega uma região daquela, agora fazendo um túnel, fazendo avenida Hélio Prates, pega toda aquela área que circunda o Centrad, que é do governo, nós vamos ter uma valorização imobiliária, uma valorização daquela região como um todo, que é a maior região de Brasília. Temos Samambaia, Ceilândia, Taguatinga e Sol Nascente. Tem mais de um 1,2 milhão de habitantes que vão ser valorizado nessa região. A gente quer fazer um grande projeto de desenvolvimento para essas famílias”.
“Estamos fazendo uma licitação na Novacap para fazer módulos de escola. Nesses locais mais carentes, estou fazendo a licitação para 500 módulos. Cada módulo pega em torno de 34 alunos, um módulo pequeno e você faz a licitação para no mínimo seis módulos em cada local. Vou usar o mesmo dinheiro que estou usando no orçamento do transporte para construir escola. É um pouco de engenharia que você tem que ter financeira para poder cuidar dessas situações”.
“Nós temos uma previsão de crescimento muito importante. Talvez ja está calculado 1.8 de crescimento do PIB. Cada 1 ponto percentual que você cresce, você aumenta um bilhão de reais na sua arrecadação. Então, eu vou ter uma quantidade de recurso para cuidar de reajuste. O que eu pedi para a Secretaria de Economia é para me colocar o que eu vou ter de valor. Com o valor, vou chamar as categorias. Acho que algumas não precisam de muita coisa, ganham bem já, conseguiram ser bem remuneradas pelo nível de trabalho que fazem e é um nível muito bom. Mas tem certos serviços que não são serviços de ponta, que estão na frente dos servidores, então quero pegar esse grupo de categorias e dar um reajuste geral. Uma correção de inflação. Uma inflação de 2.4 que nós temos aqui não é difícil dar uma correção da inflação. E tem um outro grupo que merece ser mais bem remunerado, a saúde e educação. Então nessas áreas eu quero criar uma gratificação de produtividade”.

