O senador Flávio Bolsonaro disse em vídeo divulgado ontem que as investigações de que é alvo pelo Ministério Público estadual do Rio de Janeiro são parte de uma perseguição contra ele que tem o objetivo de atingir seu pai, o presidente Jair Bolsonaro.
Flávio —que está sem partido após se desfiliar do PSL— negou irregularidades no caso em que o MP fluminense investiga possível desvio de recursos de salários de assessores na época em que era deputado estadual e insinuou que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), esteja por trás do que chamou de vazamentos de informações sobre o caso à imprensa.
Um suposto esquema de desvio de salários de funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, bancou a compra de dois apartamentos em Copacabana e a participação do parlamentar na sociedade de uma franquia de uma rede de chocolates, afirmam promotores do Rio de Janeiro.
As alegações constam no pedido de busca e apreensão aceito pela Justiça do Estado na quarta-feira e obtidos pela Reuters.
O MP do Rio sustenta que Flávio não tinha recursos para bancar todas essas aquisições. Para tanto, afirmam, foi montada uma complexa rede de crimes. Primeiro, a apropriação dos salários dos servidores, a chamada rachadinha, era operada principalmente pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, que geralmente manejava saques e depósitos dos recursos em espécie.