Começa a circular com mais força, em especial na grande imprensa, a informação de que uma chapa Bolsonaro-Sérgio Moro para 2022 pode estar em gestação. Confirmada, seria uma grande novidade política. No entanto, essa composição enfrenta resistência e obstáculos.
Os evangélicos, por exemplo, têm ressalvas ao nome de Moro. Na avaliação do grupo, que é importante dentro da base de sustentação do governo, o ministro da Justiça atinge o mesmo eleitorado de Bolsonaro, pouco agregando em termos de votos. Eles defendem um nome com perfil diferente.
Também há resistência a Moro entre políticos que não gostaram da sua atuação à frente da Lava Jato. As desconfianças são muitas e difíceis de serem resolvidas.
Cabe lembrar ainda que, recentemente, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), fez acenos a Moro no sentido de atraí-lo para as fileiras de seu partido. O recado foi claro e cristalino. Dória tinha como objetivo a formação de uma chapa com o ministro. Não se sabe se o governador desistiu do projeto.
Por fim, outros grupos políticos podem sondar Moro, tendo em mente o processo sucessório de 2022. Dada a atual onda conservadora em curso no Brasil, há espaço para um projeto em torno do ministro.
Por ora, tudo não passa de especulação. Falta muito para as próximas eleições presidenciais e, antes disso, teremos o pleito municipal, fundamental para redefinir posições políticas pelo país. Mas é inegável que o nome de Moro habita muitos corações e mentes.