O governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores, ainda não se pronunciou sobre a ocupação da embaixada venezuelana em Brasília por brasileiros e partidários do autoproclamado presidente Juan Guaidó. O presidente Jair Bolsonaro também não comentou o assunto nesta manhã.
O Brasil já tinha reconhecido o Guaidó como presidente da Venezuela. Neste instante, Bolsonaro e o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, estão reunidos para discutir a situação. Os deputados Glauber Rocha (Rede-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS) estão dentro da embaixada e dão apoio ao grupo que está ao lado do presidente Nicolás Maduro.
Paulo Pimenta acusou o governo brasileiro de incentivar a ocupação. Há manifestações contra e a favor da ocupação, inclusive com agressões mútuas. Mais cedo, a Polícia Militar do Distrito Federal usou spray de pimenta para separar os grupos. Houve tentativa de agressões inclusive contra jornalistas que estão no local. Um representante do Itamaraty está na embaixada negociando com o os grupos divergentes, mas não há informações sobre o resultado.
Há pouco, o deputado e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), comentou sobre essa confusão que coincide com o primeiro dia da reunião da cúpula do Brics. “Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, ,indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo”.